Concorrência derruba preço da gasolina em Macapá, diz economista

Há diferença entre postos que variam em até R$ 0,30. Economista avalia possíveis motivações.
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

O motorista macapaense já sente no bolso a diferença da redução do preço da gasolina e do diesel na cidade. Entretanto, o condutor mais atento irá perceber que há diferenças que podem variar significativamente de um posto para outro.

A maioria dos postos de gasolina da Rua Hildemar Maia, por exemplo, estão praticando o valor de R$ 3,78 pelo litro da gasolina, enquanto que há ainda postos cobrando R$3,99. A gasolina mais em conta que a reportagem do Portal SN encontrou está no início da Rua Guanabara, no bairro do Pacoval, zona norte de Macapá.

Posto na Hildemar Maia: gasolina a R$ 3,78. Fotos: Marco Antônio P. Costa/SN

 

Enquanto que em outro posto chega a R$ 3,99

Uma faixa anuncia o preço promocional de R$ 3,69. O valor é praticamente o mesmo preço praticado no início de 2019. A redução no valor e a grande oscilação deste mercado, tem algumas explicações nacionais e outras locais.

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) anunciou três cortes seguidos, embora sensíveis, no preço dos combustíveis em janeiro de 2020. Além disso, o Amapá consegue ter um dos combustíveis mais baratos do país por ter uma alíquota de apenas 25% de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a gasolina.

Charles Chelala (economista): combinação de fatores leva gasolina no AP a preço baixo em comparação com outros estados. Foto: M.A. P. Costa/arquivo SN

A Área de Livre Comércio de Macapá e Santana (ALCMS) também implica em algumas vantagens fiscais. Por último, e ao que parece este pode ser um fator decisivo, parece estar ocorrendo uma forte concorrência e mudanças no mercado de postos de combustíveis em Macapá.

“Esse mercado de postos de combustíveis é um mercado com tendência à cartelização. E, de uma certa forma, acabam estabelecendo acordos tácitos de manter a gasolina em uma faixa mais ou menos próxima um dos outros, sem que haja canibalização entre os postos, um baixando para quebrar o outro, etc. Em raros momentos acontece isso, e acho que é o que acontecendo aqui”, explicou o economista Charles Chelala.

O economista seguiu com o raciocínio.

“Corre a informação de que um empresário acabou de adquirir vários postos que eram de pessoas próximas e acabou ficando com um poder de fogo grande, e baixou os preços de maneira agressiva, ocasionando essa concorrência. Sim, eu diria que está havendo uma guerra de preços entre os fornecedores de combustíveis no Amapá”, concluiu Charles Chelala.

Professora que mora em Porto Grande comemorou redução

A professora Ivanilse Socorro Monteiro Paixão comentou a redução.

“Melhorou. Quem abastece todo dia sente a diferença. Para mim, que moro em Porto Grande, e venho duas vezes na semana aqui em Macapá, faz muita diferença”, comemorou a educadora, enquanto enchia um recipiente de gasolina.

Ela afirma que o preço da gasolina no interior é bem maior.

Seles Nafes
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