Por SELES NAFES
Um áudio que circula desde ontem (26) em grupos de WhatsApp do Amapá deixou muita gente preocupada. Uma mulher afirma que passageiros do avião onde viajava o primeiro paciente com coronavírus do Brasil estariam em observação no Hospital São Camilo, em Macapá. O governo do Estado trata o caso como fake news.
O áudio afirma que três passageiros teriam desembarcado no Amapá com sintomas de gripe e falta de ar, e que estariam isolados no hospital, que pertence à rede privada.
O Portal SelesNafes.Com conversou com a direção do hospital, que não confirmou esta informação.
“Só quem pode afirmar algo é a Agência Nacional de Saúde (Anvisa)”, comentou uma representante do São Camilo.
Já a Vigilância em Saúde do Amapá (SVS), órgão subordinado à Secretaria de Saúde do Amapá (Sesa), também não confirmou a existência de pacientes isolados no hospital.
A diretora em exercício da Superintendência de Vigilância em Saúde, Celisa Melo, disse que nenhum passageiro do mesmo voo de São Paulo desembarcou em Macapá, mas em Belém.
Nenhum passageiro do voo da pessoa infectada desembarcou em Macapá. Foto: Arquivo SN
Segundo ela, a SVS aguarda a emissão de um novo boletim do Centro de Informação de Epidemiologia do Ministério da Saúde, órgão que monitora a situação no país 24 horas por dia.
“Estamos aguardando o boletim de hoje. Até ontem era essa a informação que a gente tinha. Essa informação que tem 3 pessoas suspeitas não é oficial. Nosso sistema é integrado com o centro, e receberemos um novo boletim até o fim da tarde”, explicou ela.
“Avalio que tem algumas deturpações (no áudio). Talvez as pessoas que estejam nessa situação (de isolamento) estejam (isoladas) por outra situação”, acrescentou.
Fake news
Ela criticou a disseminação de áudios e vídeos que, na opinião dela, tentam instalar o caos no Amapá.
“Já disseram que tinha até o caso de uma criança num colégio particular. Imagina a cabeça do pai e da mãe que tem filho matriculado lá”, ponderou.
A assessoria da SVS informou que um vídeo está sendo preparado para deixar claro que se trata de uma fake news.