Da REDAÇÃO
A Polícia Civil do Amapá identificou três pessoas acusadas de formarem uma quadrilha de estelionatários sediada em Macapá e que aplicou diversos golpes pela internet na capital rondoniense, Porto Velho.
Os crimes foram investigados e descobertos pela equipe da 6ª Delegacia de Polícia da capital amapaense. A investigação contou com a cooperação da Polícia Civil de Rondônia.
Segundo o delegado que comandou a apuração, Leandro Leite, da 6ª DP de Macapá, o golpe consistia em enviar falsos anúncios de oferta de carros a preços abaixo de mercado através de aplicativos de mensagens. Para isto, o bando cadastrou no aplicativo de conversas um número de telefone da capital rondoniense.
Para não levantar suspeitas, os golpistas justificavam os valores atraentes oferecidos nos falsos anúncios alegando que os automóveis e motocicletas haviam sido comprados em um leilão do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Estado de Rondônia, onde os preços dos veículos reconhecidamente baixos.
A sedutora oferta atraiu várias vítimas, que retornavam as mensagens solicitando outras informações. Na sequência, os criminosos consolidava a isca enviando fotos dos objetos à venda e convenciam as vítimas da negociação.
Uma das vítimas, que reside em Porto Velho, depositou a quantia de R$ 4,1 mil por uma motocicleta.
Nas investigações, a equipe da 6ª DP identificou que os depósitos tinham como destino final duas contas correntes de agências bancárias sediadas na capital amapaense. A polícia então começou a rastrear as contas a partir dos depósitos de cada vítima identificada.
Foi desta forma que os investigadores perceberam que a renda dos golpes eram direcionadas sempre para as mesmas contas, caracterizando que um núcleo criminoso estava por trás de todos os golpes semelhantes na capital rondoniense.
“O trabalho de investigação visou, em um primeiro momento, seguir o numerário depositado nas contas primárias e, ao final, logramos êxito em identificar três pessoas, residentes na cidade de Macapá, que atuaram em divisão de tarefas, seja sacando o dinheiro, seja coordenando o grupo criminoso”, explicou o delegado Leandro Leite.
A polícia não divulgou os nomes dos investigados, segundo ela, “em observância à Lei de Abuso de Autoridade. Mas, os três suspeitos foram indiciados por associação criminosa e estelionato.