Por OLHO DE BOTO
Na madrugada deste domingo (2), um motorista de uma picape saveiro morreu depois de avançar a via preferencial e colidir contra uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que trafegava pelo bairro Beirol, zona sul de Macapá.
O acidente fatal ocorreu por volta de 5h, no cruzamento da Avenida Tupiniquins com a Rua Leopoldo Machado.
A ambulância havia acabado de atender uma ocorrência e retornava à base do Samu pela Leopoldo, quando foi atingida violentamente pela saveiro que trafegava na Tupiniquins, segundo testemunhas em alta velocidade, no sentido Beirol/ Buritizal.
Com o impacto, a ambulância foi de encontro a um muro de uma residência e, em seguida, capotou. Já a saveiro foi parar no cruzamento da Avenida Galibis, depois de também capotar, e o motorista morreu na hora.
O condutor da picape era o pintor automotivo João Batista Estevão da Silva, 34 anos, que foi reconhecido por familiares e estaria voltando de um bar próximo ao local do acidente. Ele estava há 6 meses em Macapá e morava no Estado do Rio Grande do Norte.
Testemunha
O motorista do conselheiro tutelar, Garcia, que voltava de uma noite de plantão, testemunhou a colisão e confirmou a versão de que João Batista teria avançado a preferencial.
“O condutor da saveiro estava descendo na tupiniquins e, repentinamente, acelerou o carro. Quando a ambulância vinha colidiu e bateu fortemente no meio da saveiro que veio a capotar. Infelizmente, é o transito, não se sabe se ele estava bebido mas foi muito forte a colisão”, disse Garcia.
Resgate
A capitã Lívia Nascimento, do Corpo de Bombeiros Militar, que participou do resgate dos servidores do Samu, contou que as duas enfermeiras chegaram a ficar presas dentro do veículo, devido o amassamento das ferragens.
“Conseguimos tirar em segurança os profissionais e fizemos o isolamento de riscos necessários. O condutor da saveiro veio a óbito no local devido ao choque”, explicou.
Equipe do Samu havia atendido ocorrência
Dos três ocupantes da ambulância, apenas o motorista não se feriu. Umas das enfermeiras permanece internada, com suspeitas de fratura na bacia.
O motorista da ambulância relatou que a equipe havia atendido uma ocorrência no bairro Congós, nas proximidades, e levado o paciente até o Hospital de Emergência.
“Estávamos voltando para a base quando descemos a Leopoldo Machado e o carro avançou com os faróis apagados e em alta velocidade. Tinha acabado de sair de um bar que tem no meio do quarteirão e ele avançou. Mal deu tempo de reagir e aí nós colidimos”, disse o profissional do Samu.
O condutor da ambulância disse ainda que dirigia a uma velocidade entre 50 e 60 km/h. Segundo a perícia, o motorista da picape estava a mais ou menos 110 km/h. Ele acredita que por estar há pouco tempo na cidade, João Batista pode ter se equivocado sobre a preferencial das ruas.
A ambulância sofreu perda total. O veículo havia sido adquirido recentemente, junto com outros três para o atendimento móvel. Um deles também foi perdido em um acidente, em outubro do ano passado. O caso foi noticiado pelo Portal SN.
Horário crítico
O subtenente J. Conceição, do Batalhão Policial de Trânsito (BPtran), avaliou que o acidente ocorreu em um horário considerado crítico aos finais de semana. Ele contou também que o impacto da batida foi tão grande que a ambulância foi parar em um canto da via e a picape em outro.
“Infelizmente, não conseguimos acabar com esse tipo de situação. Os condutores não se conscientizam e acabam ingerindo bebida alcoólica, combinam com direção e vem essas tragédias, pessoas novas vindo a óbito”, disse o policial.