No Laguinho, azulejos de prédio caem em casa vizinha há 10 anos

Família diz que já ganharam impasse na Justiça, mas nada foi feito. Síndico relata que empresa responsável por obra faliu
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Uma família residente há mais de 60 anos no bairro do Laguinho, área central de Macapá, reclama na justiça por causa dos transtornos que um prédio vizinho tem causado há mais de uma década. Os azulejos do revestimento do residencial se desprendem há anos e caem no telhado, quintal e área da casa vizinha. Até acidentes já teriam ocorrido.

Na residência, há uma idosa e também crianças, e a família reclama que ano após ano, mesmo já tendo ganhado uma ação na justiça, nada é feito.

“Não temos nada contra os moradores do prédio, a não ser quando estacionam carros aqui na frente da nossa garagem, mas o prédio já tem 13 anos e logo no início esses problemas começaram. Já caiu um pedaço até na minha cabeça”, relata Isabel Camelo Palmeirim, de 85 anos.

Telhas quebradas na casa…

… e os pedaços de azulejo que caem do prédio. Fotos: Marco Antônio P. Costa/SN

A família relata que, no último fim de semana, chamou até o Corpo de Bombeiros, que comprovou o perigo no local e orientou a família a registrar um boletim de ocorrência quando as quedas acontecerem.

Perigo e prejuízo financeiro

Os relatos dão conta de que os azulejos dificilmente caem de um em um, e sim em blocos, de partes inteiras, levando perigo para a família. Além disso, também há o prejuízo financeiro por conta das telhas quebradas, segundo os moradores da casa.

“Às vezes é de madrugada e a gente escuta o forte barulho que acorda todo mundo, mas também cai de dia, em qualquer momento, inclusive, pode olhar que tem várias partes ‘tufadas’, essas provavelmente serão as próximas a cair”, contou Isabel Camelo.

Dona Isabel Camelo mostra os pedaços de azulejo. Nenhuma providência foi tomada

 

Administração do prédio prometeu que problema será solucionado

O que diz o síndico do prédio

A reportagem procurou a administração do prédio. Através de contato telefônico, conseguimos conversar Jesus Sousa, o síndico do edifício. Jesus admitiu o problema e informou que a empresa responsável pela construção do edifício faliu.

Além disso, o síndico informou que ainda em fevereiro será instalada uma “bandeja de proteção”, o que deve acabar com o problema. Ele disse que lamenta, em nome dos proprietários e inquilinos, que a empresa tenha falido, e que por isso os moradores entraram na justiça contra a Caixa Econômica Federal.

Seles Nafes
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