Por RODRIGO ÍNDIO
Cerca de 400 motoristas de aplicativos se reuniram na manhã desta sexta-feira (14) em protesto contra um decreto da Prefeitura da Macapá, assinado no dia 3 de fevereiro, e que entra em vigor em 30 dias após a publicação.
Segundo a categoria, o documento determina que os mais de 5 mil motoristas paguem uma série de taxas e documentos de forma inconstitucional e que teria como consequência o aumento do preço das corridas. A intenção do ato foi alertar a população quanto a situação e convocar a categoria dos motoristas de aplicativos.
Charles Gonzales, representante dos motoristas de aplicativo, explica que a categoria protesta contra o decreto 159/2020 da Prefeitura de Macapá. Segundo eles, a medida está em desacordo com a Lei Federal 13.640/2018, aprovada em agosto de 2018.
“Essas taxas são abusivas e as normas tornam impossível a gente trabalhar e são inconstitucionais. Queremos uma conversa com o prefeito. Caso a gente não consiga, entraremos na Justiça para derrubar esse decreto que prejudica os trabalhadores e a população”, declarou.
Os motoristas detalham que a prefeitura delimitou que as empresas repassem ao poder municipal 1% do total do valor de cada viagem e ainda que essas operadoras devem pagar 5% por viagem, referente ao Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN).
Para a categoria, o valor é burocrático, inaceitável e vai gerar uma série de transtornos e prejuízos.
“Eles cobram ainda mais seguro do App, vistoria veicular, que a gente identifique os carros de aplicativo, que a gente tenha contrato de aluguel dos veículos, que a gente pague 1% de cada corrida e 5% de ISS, isso é inadmissível. Queremos no mínimo um acordo, sairemos no prejuízo”, finalizou Charles Gonzales.
Em carreata, os manifestantes partiram, em fila dupla, da arena do Poeirão, no bairro Santa Rita, região central de Macapá, onde ocorreu a concentração.
Mesmo com chuva, passaram pelas principais ruas do Centro da capital e fecharam a Avenida FAB, no trecho em frente à sede do Prefeitura de Macapá. Lá, gritaram palavras de ordem, buzinaram, e buscavam uma audiência com o prefeito.
O Portal SelesNafes.com entrou em contato com a Prefeitura de Macapá, que informou que vai tratar do assunto com a categoria.