Por RODRIGO ÍNDIO
Servidores da saúde do Amapá realizaram uma paralisação unificada em frente ao Palácio do Setentrião, nesta terça-feira (11). O movimento teve o objetivo de pressionar por negociação salarial. A categoria protesta contra a revogação das leis do auxílio jaleco, plantão extra e gratificação de aperfeiçoamento.
Além disso, eles cobram melhores condições de trabalho e mais materiais correlatos para melhor atender a população.
A paralisação de 48 horas foi decidida em Assembleia Geral da categoria, que aconteceu no dia 5 de fevereiro. Apenas 30% dos servidores da saúde permanecem com as atividades para não comprometer o atendimento nos hospitais. Os profissionais atuam em diversas unidades de todo o Amapá.
A diretora do Sindicato de Enfermagem e Trabalhadores da Área da Saúde do Amapá (Sindesaúde), Alcilene Furtado, diz que o segmento mais afetado é o de enfermagem. Ela afirma ainda, que toda a categoria da saúde está unida para lutar contra a revogação das leis.
“Está insustentável trabalhar nos hospitais, falta tudo, da seringa a alimentação. Estamos 2 meses tirando plantões de 12h sem nos alimentar nos hospitais. Cortaram nossos plantões, vão mandar para a assembleia a revogação e ter ainda mais reduções pela metade nos hospitais. O governador sequer nos recebe. Essa categoria está há seis anos sem aumento, é a segunda maior do Estado e só é desrespeitada”, explicou.
Cerca de 400 profissionais de enfermagem, técnicos e auxiliares, nutricionistas, odontólogos, farmacêuticos, assistentes sociais e profissionais de radiologia, se concentraram em frente à sede do governo, no Centro de Macapá com faixas, cartazes e fizeram discursos.
Alcione Borges, é técnica em enfermagem em Mazagão Novo. Ela reforça que os profissionais da saúde estão trabalhando em condições precárias e até sofrendo ameaças.
“Nós somos injustiçados, estamos perdendo nossos direitos que foram conquistados com tanta luta. Lá em Mazagão está caótico, porque quando a pessoa chega e não é atendida por falta de material ou medicamentos, vem pra cima de nós sem piedade. Como não temos segurança, ficamos vulneráveis a isso. É lamentável, por isso viemos de longe participar do ato”, opinou.
O Governo do Amapá foi procurado, mas até está publicação não se posicionou sobre o assunto. Na quarta-feira (12) a manifestação ocorrerá em frente à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).