Por SELES NAFES
Hoje, sábado, é o dia sagrado dos adventistas, mas eles não se reunirão em seus templos para os tradicionais cultos e escolas sabatinas. A Igreja Adventista do Sétimo Dia, que possui 120 templos e 13 mil fieis no Amapá, já tinha decidido suspender celebrações presenciais antes mesmo do decreto do governo que proibiu atividades religiosas em templos ou locais públicos durante 15 dias, por causa do risco de transmissão do novo coronavírus.
O pastor Josué Almeida, diretor regional da Igreja Adventista no Estado, avalia que o decreto apenas reforça a natureza emergencial de saúde pública, e que a igreja não nunca irá de encontro a uma necessidade de preservação da própria vida.
Josué Almeida lembrou que Martinho Lutero, um dos pais da reforma protestante, orientou as igrejas para a necessidade de isolamento social durante a peste negra, doença que dizimou mais de 75 milhões de pessoas na Europa durante o século XIV.
“A Bíblia é bem clara. Nas pragas do Egito (no livro de Êxodo) uma das medidas para os hebreus não serem atingidos era o isolamento”, recordou.
“A igreja é um organismo vivo, e está presente em todos os lugares. O prédio vai ficar vazio, mas a igreja vai ficar funcionando nas casas. Onde tiver um crente, lá está a igreja intercedendo pelos governantes e dando um bom exemplo não sendo vetor de transmissão”, concluiu.