“É doloroso passar por isso”, diz irmã de detento morto em confronto

Railson Pinheiro Araújo teria participado de roubo à residência no Distrito do Coração. Família ficou amarrada
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Por RODRIGO ÍNDIO

Um detento de 20 anos do regime domiciliar, conhecido por cometer crimes desde 14 anos, morreu ao tentar trocar tiros com militares do 6° BPM na manhã desta sexta-feira (13). O caso ocorreu na Rua dos Prazeres, no bairro Marabaixo 4, na zona oeste de Macapá. A versão da PM é contestada pela família.

De acordo com a polícia, horas antes, Railson Pinheiro Araújo, vulgo “Urubu”, e dois comparsas teriam agido com frieza e crueldade ao fazer uma família refém durante um assalto. O crime ocorreu na madrugada, no Distrito do Coração. Segundo o capitão Víctor Melo, os criminosos invadiram com armas de fogo o imóvel.

Acusado de participar de roubo foi encontrado pela PM em casa na zona oeste. Foto: Rodrigo Índio/SN

As vítimas foram rendidas e ficaram amarradas enquanto os bandidos subtraiam notebooks, TV’s, celulares, dinheiro e outros pertences. Para fugir, o bando utilizou um veículo Ônix de cor preta, que pertencia a uma das vítimas.

Já pela manhã, a família conseguiu se desamarrar e acionou a PM. Os três indivíduos foram descritos pelas vítimas e identificados. Entre eles estava Railson Pinheiro Araújo.

“Quando a equipe chegou na casa do mesmo, ele estava dentro de um quarto e tentou sacar uma arma para alvejar a equipe, só que os militares foram mais rápidos e alvejaram o mesmo com dois disparos. O socorro foi acionado e quando chegou ao local constatou o óbito”, disse o capitão Victor Melo, porta-voz do 6º Batalhão da PM.

Detento tinha passagens pela polícia desde os 14 anos. Foto: reprodução

Com Railson Pinheiro foi achado um revólver calibre 22 e sete porções de substâncias supostamente entorpecente. Ainda segundo a PM, Urubu saiu há dois meses do Iapen e atuava na prática de crimes desde quando era menor de idade.

Família contesta a versão

“Se ele era assaltante, era só prenderem ele, não precisava matar dormindo e na frente de crianças. Meus filhos todos viram. Essa acusação é muito estranha porque ele nem tava saindo de casa. É doloso passar por isso”, disse a irmã Roseli Araújo.

Os materiais subtraídos durante o assalto ainda não foram recuperados e a polícia ainda procura os outros dois suspeitos.

 

Polícia ainda busca comparsas envolvidos no roubo à residência. Foto: Rodrigo Índio/SN

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