Por SELES NAFES
Policiais de um destacamento do Batalhão Ambiental na zona rural de Macapá viveram uma aventura parecida com a de colegas no comando geral da PM que ajudaram uma mulher em trabalho de parto. Desta vez, no entanto, a criança veio à luz dentro da viatura da PM num parto bem complicado.
O caso ocorreu nas primeiras horas do dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, no Distrito do Gurijuba, a cerca de 70 km de Macapá.
Eram quase 4h da manhã quando dois moradores apareceram no posto da “Pelotão Gurijuba” pedindo ajuda para transportar uma mulher grávida que estava com dores e contratações. Um deles era o marido, e o outro era o pai da gestante.
Os policiais, que tinham acabado de voltar de uma jornada extenuante de várias horas para atender outra ocorrência, entraram numa voadeira e se deslocaram com os dois moradores até o local onde estava a gestante num lugar conhecido como “Aterro”, bem distante do posto da PM.
De lá, começou a viagem para Santa Luzia do Pacuí, mas a natureza não quis esperar. Os policiais, marido e o pai da gestante viveram momentos de tensão e quase entraram em desespero.
“Foi difícil. A criança não saia da mãe, já estava até ficando roxa. Chegou a ter um momento de desespero, porque não estamos acostumados com essas situações. Aprendemos o básico, mas não fomos treinados para partos. O que precisamos fazer foi nos acalmar e depois acalmar todos que estavam na viatura”, lembra o soldado Alfaia Lopes, que estava na viatura com o soldado Leonel.
Policiais recebendo a viatura onde depois ocorreria o parto. Fotos: PM
Posto do Pelotão Gurijuba fica no meio da floresta
Depois dos momentos de tensão, o parto aconteceu. Mãe e filha foram levadas para a unidade básica de saúde de Santa Luzia onde receberam cuidados e depois foram liberadas. A menina ganhou o nome de Maria Aparecida.
Os policiais, aliviados, puderam voltar para a base do Gurijuba, onde já estão acostumados a receber pedidos de socorro que nem sempre estão relacionados a crimes.
“A gente sempre ajuda, porque ali é uma região que precisa de carro e voadeira pra sair dali. Graças a Deus deu tudo certo”, comenta Alfaia.
“(…) O único carro que existe durante a noite por ali é nossa viatura. O batalhão sempre nos apoiou em relação à viatura, voadeira, então também agradecemos ao comando do batalhão por se preocupar com isso”, reconheceu o soldado, que foi designado para comandar o pelotão.