Por SELES NAFES
A Marinha do Brasil foi informada pela empresa contratada pelo governo do Amapá que haverá a primeira tentativa de içar o navio Anna Karoline III ainda hoje (27). Isso, se as condições meteorológicas na região permitirem.
De acordo com a Marinha, ontem (26) os mergulhadores da empresa já fariam uma primeira tentativa, mas tiveram que abortar a operação para reposicionar as amarrações das correntes que ligam o barco aos dois guindastes que estão em cima de uma balsa. O clima no local estaria atrapalhando a operação.
O comboio de equipamentos chegou ao local do naufrágio há quase uma semana. Mergulhadores da empresa passaram os últimos dias inspecionando o navio que está tombado de lado a uma profundidade de 12 metros no rio Jari. Umas das preocupações era saber até que ponto o navio está enterrado na lama.
A estrutura levada para o lugar inclui também flutuadores e materiais de mergulho, além de mantas e barreiras absorventes com capacidade para conter um possível vazamento de óleo. A empresa calculou que existam 850 kg apenas de combustíveis na embarcação.
A mão de obra para o içamento envolve 33 profissionais, de acordo com a Marinha, entre engenheiros ambiental, naval, mecânico e mergulhadores.
“A Marinha, em estreita coordenação com outros órgãos, conta com meios operativos no local, para realizar também o isolamento da área e o controle do tráfego aquaviário nas imediações do incidente”, informou o tenente Vandemberg em nota distribuída à imprensa.
A esperança de famílias que ainda não localizaram parentes que viajavam para Santarém (PA) no dia 29 de fevereiro, quando o navio naufragou, é que os corpos estejam dentro do navio. A lista oficial de mortos, por enquanto, está em 34.