Por SELES NAFES
A Federação do Comércio do Amapá (Fecomércio) emitiu uma nota afirmando que não apoia manifestações públicas que incentivam o fim do isolamento social, a principal medida encontrada pelos estados e prefeituras para conter o avanço do coronavírus no Brasil.
A Federação do Comércio avisou que atua apenas em consonância com a lei e a ordem.
“Por isso, esclarece que não concorda e nem patrocina quaisquer tipos de manifestações repentinas e isoladas, desorganizadas e desprovidas de responsabilidade social e representatividade, que possam causar aglomerações inseguras”, diz o comunicado assinado pelo presidente da entidade, Eliezir Viterbino.
Nos últimos dias, comerciantes de Macapá criaram um manifesto chamado “Movimento volta ao normal” e organizaram carreatas. Um delas chegou a acontecer na última sexta-feira (27), mas a que estava marcada para o sábado (28) foi esvaziada pela Polícia Militar. Um carro chegou a ser apreendido por estar com o licenciamento vencido há dois anos.
O Ministério Público do Estado havia recomendado que a PM acompanhasse a manifestação e coibisse aglomerações de pessoas. A Polícia Civil abriu inquérito para identificar e responsabilizar os organizadores que estão convocando as manifestações pelas redes sociais, contrariando Decreto Lei 1414 que impôs a suspensão por 15 dias de atividades comerciais, religiosas e esportivas até o dia 4 de abril. Há a possibilidade de o decreto ser prorrogado.
Quatro casos de covid-19 estão confirmados no Amapá e outros 200 suspeitos estão sendo acompanhados. Autoridades epidemiológicas afirmam que o pico de circulação do covid-19 será nesta semana, e por isso asseguram que é essencial que as pessoas continuem em casa.
A Federação do Comércio do Amapá garantiu que continuará dialogando com o poder público para mitigar os efeitos da pandemia na saúde pública e na economia, com o objetivo de preservar renda e emprego.
“(…) Essa lua é de todos e juntos vamos vencê-la com ideias razoáveis e inteligentes”