Por SELES NAFES
Depois de vários meses de negociação, o Geap decidiu rescindir o contrato com o governo do Estado para fornecer plano de saúde aos servidores do Amapá. O governo vinha dialogando com a empresa para tentar impedir um reajuste de 50% no valor do plano, mas não houve acordo.
A confirmação da rescisão foi publicada pela Secretaria de Estado da Administração (Sead) no site do governo, neste sábado (7).
Desde que anunciou que reajustaria o valor para os servidores do Amapá, o Geap passou a receber propostas do Estado, mas não aceitou nenhuma delas. Em janeiro, o governador Waldez Góes (PDT) e a secretária de Administração Suelen Amoras chegaram a se reunir pessoalmente com a direção do Geap na tentativa de evitar o reajuste.
“Foram vários meses de tentativas. Fizemos várias contrapropostas, todas recusadas. Até que o Geap apresentou uma decisão de seu conselho deliberativo pela rescisão. Isso já tinha ocorrido no Acre e em Rondônia”, revelou neste sábado a secretária Suelen Amoras.
O governo assinou contrato com o Geap em junho de 2018. Mais de 5 mil pessoas, entre servidores e dependentes, usufruíam do plano com subsídio do Estado de R$ 50 por servidor. Além disso, o Amapá exercia o papel de intermediador jurídico entre os servidores e a empresa.
Com a decisão, o contrato terminará no próximo dia 4 de maio. Apesar disso, Suelen garantiu que todos os servidores que estejam em tratamento de saúde ficarão assegurados pelo Geap até o fim dos procedimentos médicos.
A secretária revelou que já iniciou tratativas com a Sul América e outras operadoras. De acordo com ela, o governo do Estado prepara um projeto de lei para ser encaminhado à Assembleia Legislativa que permitirá a contrapartida financeira do Estado.