Por SELES NAFES
O ex-prefeito de Calçoene, Jones Cavalcante (PPS), virou réu na ação penal movida pelo Ministério Público do Amapá por desvio de dinheiro público. Além dele, a juíza Marina Lustosa Vidal também aceitou denúncia contra um pregoeiro e dois empresários.
De acordo com a denúncia do MP, os quatro agiram para desviar quase R$ 150 mil que eram destinados à revitalização de casas na Praia do Goiabal.
Além das obras não terem sido realizadas, o MP afirma que as notas fiscais usadas para justificar os pagamentos eram frias. A ação chegou a ser enviada ao Tribunal de Justiça, que decidiu enviar o processo para a primeira instância quando o prefeito teve o mandato cassado, no segundo semestre do ano passado.
Jones Cavalcante chegou a ficar preso durante três meses, antes de ter o mandato cassado pela Câmara de Vereadores. O então presidente da Câmara, Júlio Sete Ilhas (DEM), foi efetivado como prefeito.
Na ação, entre outros argumentos, os réus negam todas as acusações e alegam falta de provas.
“Veja-se que os fatos são verossímeis, a exemplo das notícias de notas frias (expedidas pela empresa administrada por Mário Loureiro), de que gestor municipal autorizou o pagamento irregular no valor de R$ 149.700,00, transferência de valores no montante de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para a empresa de titularidade de Alysson Wander, dentre outras, diversas, irregularidades que, diante de simples análise, podem ser vistas, aparentemente, como ilegais”, comentou a juíza da Comarca da Calçoene.
Ela rejeitou os argumentos dos réus, e mandou marcar a primeira audiência de instrução do processo, quando réus e testemunhas serão ouvidos.