Por SELES NAFES
Moradores de Oiapoque, a 590 km de Macapá, têm motivos de sobra para estarem preocupados. Apesar do fechamento da fronteira pelo Brasil e pelo governo francês, estrangeiros continuam entrando na cidade e circulando pelas ruas, segundo a prefeitura.
A travessia clandestina é feita em catraias nos trechos do rio Oiapoque onde a fiscalização é fraca ou simplesmente não existe. Normalmente, os estrangeiros na região são turistas, comerciantes ou consumidores que se deslocam a partir de Saint Georges, mas o comércio de Oiapoque, incluindo restaurantes e bares estão fechados por determinação do governo do Estado que, na última quinta-feira (19), baixou um decreto suspendendo todas as atividades comerciais, culturais, religiosas e esportivas no Amapá para reduzir a circulação de pessoas.
Até sábado (21), a Guiana Francesa tinha 19 casos confirmados do novo coronavírus.
A prefeita Maria Horlanda (PSDB) também assinou neste domingo (22) um decreto limitando as atividades bancárias com o mesmo objetivo: evitar aglomerações.
O decreto é um pouco parecido com o assinado pelo prefeito da capital, Clécio Luís (Rede), e determina que as agências atendam por telefone ou aplicativo. Os casos de atendimento presencial só ocorrerão se forem “extremamente necessários”. Os terminais de autoatendimento deverão ser higienizados a cada hora durante o expediente bancário.
Os servidores foram dispensados, mas deverão trabalhar em casa e poderão ser convocados até em horários de folga.
Oiapoque não tem casos confirmados do covid-19, mas dois leitos foram reservados na UTI do Hospital Estadual para receber possíveis casos graves.