Por SELES NAFES
A juíza Laura Costeira, da Comarca de Porto Grande, cidade a 105 km de Macapá, negou liberdade aos namorados acusados de terem matado um casal em janeiro deste ano. Seguindo as recomendações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por causa da pandemia do novo coronavírus, a magistrada reavaliou a prisão preventiva de ambos, e decidiu que eles continuarão sub custódia.
Bruno Corrêa Fonseca e Fabíola de Souza Leão Borges estão presos desde o dia 7 de janeiro na Penitenciária do Amapá. Segundo a Polícia Civil, eles teriam planejado e executado o duplo homicídio de Marcos Leão Borges, de 43 anos, e Marilene Conceição de Souza, de 42 anos, pai e mãe de Fabíola, que tem 19 anos.
A jovem tem dois filhos de Bruno, que tem 40 anos. De acordo com depoimento de ambos, as vítimas não permitiam que os dois vivessem juntos. O casal foi morto dentro de casa a golpes de arma branca. O pai também foi ferido por um arpão de pesca. Bruno e Fabíola foram presos em flagrante, e tiveram a prisão preventiva decretada.
Ao reavaliar o caso, a juíza lembrou que não há nenhum caso (nem suspeito) de covid-19 dentro do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). Além disso, apesar de ser mãe de duas crianças, Fabíola é acusada de um crime com violência, o que não a enquadra no benefício da prisão domiciliar.
Fabíola apresentou defesa no processo no dia 27 de março. Bruno ainda não. Contudo, a juíza ponderou que já é quase possível que ocorra a primeira audiência de instrução e julgamento, já que existem testemunhas arroladas e a audiência poderá ser realizada por videoconferência.