Por SELES NAFES e OLHO DE BOTO
As funerárias do Amapá estão funcionando por 24h, mas com até 10 pessoas no velório, que deve ter duração máxima de 3h quando se tratar de morte natural. Nos casos de morte pelo novo coronavírus, a orientação é de não haver velório e o caixão deve ser lacrado. Foi o que ocorreu na tarde do último sábado (11), durante o sepultamento da terceira pessoa a morrer pela doença no Amapá.
Já são cinco mortes em todo o Estado, sendo quatro em Macapá e uma em Santana, cidade a 17 km de Macapá. Moacy Silva, de 56 anos, morreu no sábado (11) no Centro de Tratamento para o Covid-19.
Ontem, no trajeto para o cemitério, a funerária atendeu o pedido da família para que o cortejo passasse em frente à residência da mãe de Moacyr, uma idosa de 90 anos. Sem o velório, ela não teve como se despedir do filho da forma mais tradicional.
O rabecão parou em frente ao imóvel e foi bastante aplaudido por vizinhos, parentes e amigos. A mãe da vítima estava acompanhada de um padre e rezou diante do carro que levava o corpo do filho. Assista
Cemitérios e funerárias em Macapá estão seguindo medidas para limitar a permanência de pessoas durante sepultamentos. Atendimentos ao público e serviços gerais também passam por mudanças previstas no Decreto Municipal 1.833/2020.
Já a administração dos cemitérios deve funcionar com atendimento interno das 8h às 12h e das 14h às 18h, todos os dias da semana e com as portas fechadas. Caso haja necessidade, no máximo duas pessoas poderão ter acesso ao prédio.
As novas regras já estão valendo nos três cemitérios da administração municipal (Cemitério São José, Nossa Senhora da Conceição e São Francisco de Assis). Os servidores deverão trabalhar em número reduzido, regime de plantão e escalas.
“Para controlar a circulação nos cemitérios, estamos conversando com os visitantes, explicando a importância de obedecer às medidas como forma de prevenir a disseminação do coronavírus. Não é fácil. No momento de dor, sempre é delicado realizar essa triagem, mas todos precisam entender e colaborar”, avalia Jackson Dias Reis, coordenador dos Cemitérios Municipais.