Operação investiga superfaturamento na compra de EPIs no Amapá

Na manhã desta quarta-feira (29), agentes federais cumpriram dois mandados judiciais de busca e apreensão em Macapá, um na sede a Equinócio Hospitalar, fornecedor do governo.
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Agentes federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão na casa dos sócios e na sede da empresa Equinócio Hospitalar, numa operação que investiga indícios de superfaturamento na compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) pelo Governo do Amapá.

A ação ocorreu nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (29). Ninguém foi preso, mas os agentes da Polícia Federal apreenderam vários documentos.

A Equinócio Hospitalar é a principal fornecedora de insumos utilizados pelas equipes assistenciais de prevenção e combate à pandemia de coronavírus no Estado do Amapá.

Ninguém foi preso, mas os agentes da Polícia Federal apreenderam vários documentos. Fotos: Divulgação/PF/Reprodução

Segundo a PF, há superfaturamento em pelo menos 6 dos 15 itens comprados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) com dispensa de licitação, através de contrato firmado pelo Fundo Estadual de Saúde do Amapá (FES).

Conforme a PF, para as máscaras duplas e triplas as compras atingiram patamares de 814% e 535% de sobrepreço, respectivamente.

No valor pago à empresa até aqui desde que se iniciou a pandemia, apontam as investigações, foi de aproximadamente R$ 930 mil, enquanto que o valor de referência seria de apenas R$ 291 mil.

Equipe na sede da empresa em Macapá

Para a PF, foram gastos R$ 639 mil a mais em relação aos preços médios praticados no mercado nacional.

A ação policial foi batizada de Operação Virus Infectio, segundo a PF, o vírus da corrupção. A investigação tem participação do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria Geral da União (CGU).

 

Seles Nafes
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