Por OLHO DE BOTO
Um integrante de uma facção criminosa investigado por mais de 10 homicídios e que aterrorizava moradores do bairro Araxá, em Macapá, morreu na noite desta sexta-feira (3), depois de trocar tiros com o Bope na Área Portuária do município de Santana.
O confronto entre a Rotam e Emerson Pinheiro de Sousa, de 24 anos, conhecido como “Biquinha”, aconteceu após denúncia anônima.
Segundo a PM, o bandido estava em uma quitinete quando tentou fugir atirando em direção aos militares. Eles reagiram e o bandido foi atingido. Ele caiu no meio da rua. Uma equipe do Samu, chamada para socorrer o criminoso, confirmou a morte dele ali mesmo.
“Viemos checar uma denúncia anônima, que inclusive nos levou ao endereço ao lado de onde ele estava, uma residência abandonada. Ele então percebeu a nossa presença e saiu de onde estava já atirando. Nós, então revidamos e ele foi atingido já na rua”, contou o tenente Cecílio, da Rotam (Ronda Ostensiva Tática Motorizada) – Companhia do Bope.
Segundo ele, algumas horas antes, à tarde, o batalhão recebeu denúncias de que Biquinha estaria expulsando moradores, tomando suas casas para fazê-las de pontos de venda de drogas.
De acordo com o comandante do Bope, major Kléber Silva, Biquinha era considerado como um dos mais perigosos membros de uma organização criminosa do Amapá. Dentro da facção, ele seria responsável por eliminar desafetos e rivais por disputa de espaço para controle de áreas de tráfico.
Já havia cumprido pena no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) e atualmente estava no regime aberto domiciliar. Conforme o major, as denúncias contra Biquinha eram quase que diárias.
“A vida de crimes dele continuava, principalmente na invasão do Zeca Diabo, no bairro Araxá, onde ele intimidava e até expulsava moradores de suas casas, sobretudo aqueles que atrapalhavam suas ações criminosas. Só para se ter uma ideia da periculosidade, ele era investigado por mais 10 homicídios, além de tráfico e outros crimes. Indivíduo extremamente violento, temido pela população. Quando um indivíduo como esse atira contra a polícia, ele atira contra a sociedade e nós devemos agir”, ressaltou o major Kléber.
A arma que Biquinha usava, um revólver calibre 38, e um tablete de droga encontrado na quitinete foram apresentados na delegacia do município.