Amapá prorroga quarentena com medidas mais rígidas

Decreto que renova os anteriores transformou recomendações em obrigações
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Por SELES NAFES

O governador Waldez Góes (PDT) e o prefeito de Macapá, Clécio Luis (Rede) assinaram decretos neste domingo (3) ampliando a quarentena no Amapá até o dia 18 de maio, a contar desta segunda-feira (4). Os novos decretos renovam os anteriores, e as recomendações sanitárias que antes tinham apenas caráter educativo passa a ter cunho obrigatório. O Amapá registrou hoje 1.485 casos confirmados de covid-19. 

Todos os supermercados, atacarejos e outros centros de compras precisarão disponibilizar aos clientes na entrada dos estabelecimentos lavatórios e álcool em gel, além de papel toalha não reciclado.

As empresas também são obrigadas a intensificar as regras e cuidados internos de higienização dos funcionários que deverão ter lavatórios exclusivos e manter o distanciamento nos refeitórios. As empresas precisam garantir a distribuição de EPIs, a limpeza dos banheiros e a organização de filas que evitem aglomerações.

Os funcionários idosos, lactantes, gestantes e portadores de doenças crônicas como diabetes, por exemplo, deverão ser colocados em regime de teletrabalho.

Os clientes também passam a ter regras rígidas a serem seguidas, como manter o distanciamento mínimo de 2 metros, evitar tossir, consumir alimentos no local e até conversar. Será permitido apenas um membro da família no interior dos estabelecimentos e estão proibidas crianças menores de 12 anos. 

Clécio e Waldez assinando os decretos neste domingo (3). Foto: Divulgação/PMM

Supermercados e atacarejos ganharam regras rígidas

Os entregadores dos serviços de devilery também estão incluídos no decreto com normas claras de higienização. A cada entrega, por exemplo, o profissional deverá fazer a limpeza do veículo com uma mistura especifica no decreto que inclui água sanitária e álcool.

As máquinas para pagamento com cartões magnéticos deverão ser envolvidas com plástico filme para uso do cliente. Leia aqui o decreto na ÍNTEGRA

O governo do Estado e as autoridades sanitárias brasileiras afirmam que a quarentena é o único meio de encontrar um equilíbrio entre a quantidade de internações e a capacidade das redes pública e privada durante a pandemia do novo coronavírus.

No Amapá, até o sábado tinham sido registradas 40 mortes e 1.187 casos confirmados da doença em 14 municípios. Mas neste domingo o número subiu para quase 1,5 mil ocorrências.

A quarentena começou no dia 20 de março, quando entrou em vigor o primeiro decreto e quando também foi registrada a primeira morte pela doença. É a maior taxa de incidência da doença no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.

O prefeito Clécio Luis lamentou o crescimento dos casos e mortes, e falou sobre os estudos e negociações com o setor econômico para reabertura do comércio quando houver segurança para isso.

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