Por OLHO DE BOTO
A polícia investiga a morte do jovem Raylan Jackson Souza Cachiado, de 23 anos, que foi assassinado a tiros na noite deste domingo (17), por volta de 19h, no bairro Brasil Novo, na zona norte de Macapá. A suspeita é que ele teria sido morto após denunciar um crime.
De acordo com o tenente Elias, do 2º Batalhão da PM, responsável pelo atendimento da ocorrência, um homem alto, negro, invadiu a casa da vítima, localizada na avenida Piçarreira, e a colocou sob a mira de uma arma.
Em seguida, levou o jovem para o quintal e lá disparou várias vezes. Um dos tiros acertou a nuca de Raylan e outro atingiu as costas. O Jovem ainda foi socorrido pelo Samu, mas faleceu na ambulância a caminho do Hospital de Emergência do Centro de Macapá.
O atirador, ainda não identificado, fugiu numa motocicleta, levando dois celulares e a quantia de R$ 40 encontrados na casa.
“Pelo que apuramos e a versão de uma testemunha, o atirador chegou perguntando por um tal Iago. A vítima se identificou como Raylan, mas mesmo assim foi morta. Apesar dele levar dinheiro e os celulares, ao que parece, ele [o atirador], entrou ali para matar, para executar. Levou os objetos e dinheiro para parecer latrocínio, para despistar, pois levou a vítima para o quintal e lá a executou”, deduz o cabo Elias.
Relatos de outras testemunhas dão conta que Raylan já vinha sendo ameaçado por conta de uma denúncia que teria feito publicamente no Facebook. Ele teria denunciado uma suposta tentativa de estupro.
No post, ele é alertado por amigos sobre a gravidade da acusação, mas mantém a postagem. Raylan era conhecido por ser firme em suas opiniões e afirmações. No seu perfil da rede social ele dava uma ideia dessa característica: “Destrua com meu corpo, mas ainda tenho fé, pois minha força de vontade é o que me mantém de pé”, dizia ele.
O caso agora é investigado pela Polícia Civil, que recebeu áudios apontando uma linha de investigação. Contudo, os investigadores não quiseram informar o conteúdo das mensagens, para não comprometer a apuração.
O Portal SelesNafes.com também teve acesso a esses áudios, mas seguirá acompanhando o caso apenas com divulgações de informações oficiais sobre a investigação.