Por RODRIGO ÍNDIO
Em apenas um único dia, a enfermagem do Amapá perdeu três profissionais por complicações da covid-19. As vítimas, Sayonara de Souza Vaz, Evandro da Silva Costa e Viviane Brito, morreram na última sexta-feira (15), em Macapá.
Nas redes sociais familiares, amigos e até desconhecidos fizeram homenagens aos profissionais que até pouco tempo atuavam na linha de frente do combate da pandemia e contraíram a doença.
O Conselho Regional de Enfermagem do Amapá (Coren-AP) emitiu posicionamento, lamentando os óbitos e se solidarizando com as famílias das vítimas. A instituição detalhou onde os profissionais atuavam.
Sayonara de Souza Vaz, de 27 anos, era técnica de enfermagem. Atuava na Unidade Básica de Saúde (UBS) Américo Coelho, em Cutias do Araguari, município a 135 km de Macapá.
O enfermeiro Evando da Silva Costa, de 42 anos, desenvolvia suas atividades nas redes pública e privada: Centro de Nefrologia do Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCAL) e Centro de Referência de Saúde do Trabalhador (Cerest), pelo serviço público; e Hospital São Camilo, pela rede particular.
Já a técnica de enfermagem Viviane Brito, de 42 anos, atualmente estava lotada na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Distrito da Fazendinha, a 12 km do Centro de Macapá.
Revolta
Na web, amigos de profissão publicaram prints de conversas onde Evandro da Silva relatava a falta de assistência no Centro de Atendimento Clínico da Covid-19, o chamado “Covid 2”, localizado na zona norte de Macapá, onde ele estava internado. A categoria enfatizou “falta amor e respeito”, e pediu socorro.
Nos últimos dias, diversos protestos foram realizados pela categoria na frente de unidades hospitalares cobrando melhores condições de trabalho e denunciando a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para profissionais.
De acordo com o Coren, agora são totalizados 5 óbitos entre os profissionais de enfermagem no Amapá.