“Humilhante”, diz idosa na madrugada com chuva para receber auxílio no Amapá

Com medo de ficar sem atendimento, trabalhadores improvisaram senhas de madrugada na agência Centro da Caixa Econômica
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

Com frio, sob chuva, e em muitos casos sem jantar, centenas de amapaenses passaram a madrugada desta quarta-feira (06) na frente da agência da Caixa Econômica Federal da avenida Iracema Carvão Nunes, no Centro de Macapá.

Por volta de 00h30min, trabalhadores tentavam se organizar num sistema próprio de senhas sabendo que o banco distribuiria apenas 400 autorizações de atendimento pela manhã.

Durante a distribuição das senhas improvisadas pelos trabalhadores, a aglomeração foi grande mesmo debaixo de uma chuva fina. Ninguém queria ficar sem atendimento.

Pior ainda para quem é do interior do Amapá, como é o caso José Carlos, que é de Porto Grande, cidade a 105 km de Macapá.

“Eu estou aqui desde a madrugada da segunda para terça, e não consegui a senha. Em Porto Grande não tem agência da Caixa. Eu estou precisando demais, quero comprar minhas coisas, moro com minha família e preciso muito. Vou ter que passar a noite aqui de novo”, contou o motorista desempregado, de 49 anos.

Aglomeração durante a distribuição de senhas improvisadas. Fotos: Marco Antônio P. Costa

José Carlos veio de Porto Grande, a 105 km de Macapá

Aglomerou dispersou com a chegada de mais chuva

Uma idosa resumiu o cenário na frente da Caixa com uma palavra: “humilhante”.

Boa parte das pessoas reclama que o aplicativo que o banco disponibilizou não tem funcionado direito e que, por isso, com necessidades em casa, a única alternativa encontrada tem sido dormir ao relento.

Por volta da 1h da manhã, a aglomeração se dispensou com a chegada de mais chuva.

Seles Nafes
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