Waldez contraria Bolsonaro e academias e salões seguirão fechados no Amapá

Governador afirmou que decisão de manutenção de restrições tem base em entendimento do STF
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), se manifestou através das suas redes sociais no início da tarde desta terça-feira (12) para informar que no Estado do Amapá, à despeito do decreto do governo federal, academias de ginástica, salões de beleza e barbearias, seguirão fechadas.

A declaração ocorreu após o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), alterar via decreto a lista sobre serviços essenciais, incluindo academias, salões e barbearias.

“Apesar do decreto do Governo Federal, incluindo academias de ginástica, salões de beleza e barbearias como serviços essenciais, informo que está mantido o fechamento destas atividades no Amapá. Respeitando assim o entendimento do STF sobre o caso”, declarou o governador.

Outros governadores tiveram a mesma decisão de Waldez Góes, como o de São Paulo, João Dória (PSDB), e do Pará, Hélder Barbalho (MDB).

Declarações de Waldez…

 

… e Helder Barbalho, do Pará. Governadores são contra decreto presidencial. Imagens: reprodução/Twitter

Bolsonaro

Também no início da tarde de hoje, em sua conta na rede social Twitter, o presidente se manifestou sobre a posição dos governadores.

“Alguns governadores se manifestaram publicamente que não cumprirão nosso Decreto n°10.344/2020, que inclui no rol de atividades essenciais as academias, as barbearias e os salões de beleza. Os governadores que não concordam com o Decreto podem ajuizar ações na justiça ou, via congressista, entrar com Projeto de Decreto Legislativo. O afrontar o estado democrático de direito é o pior caminho, aflora o indesejável autoritarismo no Brasil” diz trecho da mensagem do presidente.

Presidente Jair Bolsonaro respondeu a governadores

Os governadores se embasaram na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do dia 15 de abril. Neste dia, por unanimidade, os ministros decidiram que prefeitos e governadores tem autonomia sobre decisões relacionadas à quarentena, inclusive, podendo determinar o que são ou não serviços considerados essenciais.

SVS

Para o superintendente da Vigilância em Saúde do Amapá, Dorinaldo Malafaia, a decisão de Waldez encontra sintonia com o difícil momento pelo qual a saúde amapaense está passando.

“Temos todo o respeito por esses setores, que são importantes, mas se aumenta a circulação maior será o contágio e mais sobrecarregado nosso sistema de saúde ficará. Todos estão vendo as dificuldades que temos, então o momento é para aumentar o isolamento e não diminuí-lo. Mais uma vez pedimos o apoio da população para ficar em casa e evitar o contágio da doença” declarou Malafaia.

Seles Nafes
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