Por SELES NAFES
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) solicitou ao Ministério da Infraestrutura um estudo que promova mudanças que permitam a exploração racional da Reserva do Cobre e Associados (Remca). A informação foi confirmada pelo senador Lucas Barreto (PSD-AP) durante o programa O Debate, transmitido exclusivamente nas redes sociais.
A Remca tem 4,5 milhões de hectares que se estendem entre os estados do Pará e do Amapá, mas o atual decreto permite a exploração de apenas 21% da área total.
“A Remca tem cinco montanhas de fósforo (matéria prima da agricultura), que hoje o Brasil precisa importar da Rússia. Por que não explorar isso?”, questionou o senador.
“A Remca foi criada para ser explorada racionalmente”, acrescentou.
Lucas disse que o presidente poderia abrir a Remca por decreto, mas determinou que primeiro seja realizado um estudo para levantar indicadores que permitam a exploração sem afetar outras reservas e áreas indígenas.
De acordo com o senador, existem vários garimpos ilegais em atividade dentro da Remca explorando ouro sem que as comunidades tradicionais sejam beneficiadas.
“Não adianta dizer que não pode explorar por estar ao lado de uma reserva. Se é assim, então a mineradora de Pedra Branca será fechada por estar ao lado de uma reserva? Não existe isso. Na Remca existem US$ 1,7 trilhão em minerais”, comentou.
Lucas lembrou que o setor desenvolve estados como Minas Gerais, onde existem 800 minas em atividade.
“No Lourenço (Calçoene), há 130 anos se explora ouro, mas a área degradada não chega a 500 hectares. Tem 3 mil famílias que vivem lá”, ilustrou.
O senador informou ainda que a exploração de petróleo está prestes a ser liberada pelo Ibama na costa do Amapá, e acrescentou que continua sendo apoiador do governo Bolsonaro, apesar de ter entregado o cargo de vice-líder do governo no Senado.