Por SELES NAFES
Desde o dia 20 de março, quando passou a vigorar o primeiro decreto suspendendo atividades econômicas por causa da pandemia, os motéis de Macapá permaneceram fechados e administrando dívidas. Agora, quase 3 meses depois, eles estão liberados para reabrir as portas e pensam em realizar promoções.
Para voltarem a funcionar, os motéis precisarão ter em cada apartamento ou suíte kits de higienização que incluem tapetes especiais, álcool em gel e sabão nas pias. Ao lado de igrejas e centros religiosos, os motéis estão entre as poucas atividades que tiveram liberação de funcionamento 24h por dia. Os hotéis e pousadas já estavam liberados.
Só que até essa nova condição, no entanto, foram quase três meses de incertezas para os empresários do ramo de motéis.
“Entramos em acordo com a imobiliária e suspenderam dois meses o pagamento do aluguel do prédio. Empurramos a dívida para frente. Por isso conseguimos aguentar sem demissões”, explica o empresário Antônio Rodrigues.
Locatário de um motel com 16 apartamentos e seis suítes na Rodovia Duca Serra, na zona oeste de Macapá, o empresário corre agora para se adequar ao decreto e lançar promoções que ainda não foram definidas.
“Estamos trabalhando com luvas, máscaras e adotando os kits que são exigidos pelas normas e em respeito aos nossos clientes, claro. (…) Na verdade, esse decreto pegou todos de surpresa. Pensávamos que só reabriríamos a partir de outubro”, revela ele, referindo-se ao planejamento de promoções.
Edvan Barros: fiscalização do decreto será intensa. Foto: Rodrigo Índio/Arquivo SN
A prefeitura informou que vai intensificar a fiscalização nos motéis e outros empreendimentos.
“Vamos fiscalizar através da Secretaria de Meio Ambiente, Vigilância, CTMac e temos um convênio com a Polícia Militar. As entidades de classe, como a Fecomércio e a Acia, se comprometeram a nos ajudar conscientizando os empresários. Se não tiver a participação de todos pode haver uma evolução dos casos (de covid-19)”, alerta o subsecretário de governo da prefeitura de Macapá, Edvan Barros.
O decreto tem validade de 15 dias, período em que será reavaliado dependendo da pandemia.
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