Líder de facção levava vida de luxo no Mato Grosso do Sul, afirma polícia

Com identidade falsa, Ryan Richelle abriu diversas contas bancárias, alimentadas pelas drogas que enviava de Campo Grande (MS) para Macapá (AP).
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Por OLHO DE BOTO

Um dos foragidos mais perigosos e procurados do Amapá (AP) foi capturado no fim de semana no Estado do Mato Grosso do Sul (MS), no Centro-Oeste brasileiro.

Apontado pela polícia como o segundo homem – o 02 (zero dois) – na hierarquia de organização criminosa que domina o tráfico de drogas no Amapá, Ryan Richelle dos Santos Menezes, o Tio Chico, de 27 anos, foi preso em Campo Grande, capital sul-mato-grossense, no bairro Jardim Tarumã.

A prisão dele foi resultado de um intercâmbio entre o Bope do Amapá e Coordenadoria de Inteligência e Operações da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), com a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul.

Com ele ainda foi apreendido um revólver calibre 38 sem registro. Fotos: Divulgação/PM de MS e AP

A troca informações entre os órgãos durou cerca de 30 dias até o criminoso ser cercado no último sábado (30) por militares do Batalhão de Choque da PM do Mato Grosso do Sul.

Richelle ainda tentou confundir os policiais e se librar da captura ao apresentar uma carteira de identidade falsa, mas as informações trocadas entre as instituições dos dois estados não deixaram dúvidas. Com ele ainda foi apreendido um revólver calibre 38 sem registro.

Segundo o capitão Hércules Lucena – comandante da Rotam, Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas, do Bope do Amapá – Ryan Richelle responde há 20 processos na Justiça do Amapá, por crimes de homicídio, tráfico de drogas, porte ilegal de armas de fogo, roubo e a associação ao crime organizado.

Além desses processos, também tem duas condenações, até 2039 e 2032, penas pelas quais estava com mandados de prisão em aberto.

Ainda de acordo com o oficial, com a identidade falsa, Richelle realizava transações bancárias para movimentar o tráfico de drogas no eixo Matogrosso do Sul/Amapá. De Campo Grande, ele exercia voz de comando dentro da facção amapaense, ordenando crimes como roubos e execução de rivais.

Richele estava com porte físico mais avantajado que quando fugiu de Macapá

Devido à sua movimentação bancária alimentada pelas drogas que enviava para Macapá, o criminoso levava uma vida de rico na capital sul-mato-grossense. Lá, ele adquiriu, segundo a polícia, veículos e imóveis.

Richele estava com porte físico mais avantajado que quando fugiu de Macapá. Aliado à essa diferença na fisionomia, o fato dele possuir e transitar em diversos carros e dormir em dias diferentes nas suas várias casas, dificultou bastante a sua identificação e localização. Mas, depois de um mês, o trabalho conjunto entre as forças de segurança dos dois estados pôs fim à vida de luxos do criminoso.

Nos próximos dias, Ryan Richelle deverá ser recambiado ao Estado do Amapá para cumprir sentença condenatória no Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), de onde está foragido desde outubro do ano passado.

Seles Nafes
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