Por RODRIGO ÍNDIO
O amor familiar fez com que Jhessika Hallena Pelaes Garcia tivesse uma atitude admirável. A mulher, de 28 anos, largou o seu tratamento contra uma doença sem cura para que a sobrinha, Mylena Karoline Silva Garcia, hoje sua filha adotiva, pudesse cuidar de um câncer no olho. Agora as duas precisam de ajuda.
Jhessika e Mylena são de Macapá, capital do Amapá. Em 2012, Jhessika descobriu ter uma doença chamada ceratocone, que vai comprometendo a formação da córnea e deixando ela em formato de cone.
A doença não tem cura, mas tem tratamento e em cada estágio tem uma forma de cuidar. O último estágio, e mais grave, é o transplante de córnea. É nesse estágio que seu olho esquerdo está entrando porque ela precisou parar o tratamento em 2013, na cidade de Sorocaba, em São Paulo.
O motivo foi bem simples. Foi descoberto em Macapá que sua única sobrinha na época estava com Retinoblastoma (câncer ocular). Na época, a menina tinha 1 ano e 7 meses e era muito apegada à tia e ambas tinham uma enorme conexão.
Começava ali uma luta conjunta. Após persistir, a família conseguiu vaga em Barretos (SP) para tratar Mylena e há 2 anos ela mora na cidade com Jhessika.
“A mãe biológica não podia acompanhá-la e meu irmão, pai dela, no início veio para Barretos mas logo voltou porque ele precisava trabalhar para me ajudar nos custos. Fiquei sozinha com ela e Deus”, detalhou Jhessika.
Mylena retirou o lado direito do olho e atualmente faz uso de prótese, custeada pela própria família. Contudo, após 6 anos do tratamento da menina ela passa bem, mas ainda precisa da manutenção e realização de exames.
Atualmente, os problemas afetaram o quadro clínico de Jhessika que priorizou o tratamento de Mylena pelo seu.
“Faria tudo novamente, só quem é mãe sabe”, confidenciou.
Desempregada, ela está ficando sem visão e a cada dia que passa tudo se agrava.
“O médico disse que está muito avançado e corro risco de perder a visão. Meu lado esquerdo é o mais comprometido e a correria agora é para fazer um tratamento chamado crosslinking, que não cura porém faz com que o ceratocone pare de evoluir. E aí sim posso colocar a lente rígida, que fará a função do óculos. Estou preocupada”, disse.
Por conta da pandemia, a menina e a “tia/mãe” estão em uma casa alugada em São Paulo sem ter condições de voltar para Macapá.
“Quando viemos, todas as casas de apoio estavam cheias. Vim pelo TFD da minha filha, mas agora eu também sou a paciente e vou precisar reabrir meu TFD para que venham dois acompanhantes da minha família. Um para mim e um para cuidar da minha filha enquanto eu me cuido”, detalhou.
Jhessika Hallena detém a guarda de Mylena Karoline, que está com 8 anos. A menina sabe que a tia não é mãe biológica, mas a chama de mãe.
Os custos de remédios, exames e para se manter e se locomover em São Paulo estão altos. Aqui em Macapá, familiares e amigos estão fazendo uma rifa para angariar recursos para ajudar Jhessika e Mylena. Quem tiver interesse nas rifas pode entrar em contato com os números 98407-1271 (mãe) ou 98404-7138 (irmã).
Quem também preferir, pode entrar em contato com a própria Jhessika pelo número (96) 98406-6609 (Whatsapp) ou fazer transferência bancária. Dados:
Jhessika Hallena Pelaes Garcia
CPF: 021.070.592-25
Banco do Brasil: Agência 2825-8; conta corrente 62922-7
Bradesco: Agência 0523-1; conta corrente 0016518-2
Santander: Agência 3191; conta poupança 600123497
Há também uma “vakinha” virtual, para acessar, CLIQUE AQUI.