Por OLHO DE BOTO
Nesta sexta-feira (12), a Polícia Civil do Amapá prendeu um homem de 32 anos que se passava por motorista de aplicativo para, na verdade, trabalhar para o tráfico, segundo as investigações.
O nome dele não foi divulgado pela polícia, mas foi flagrado pelos investigadores da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) quando transportava 2 Kg de drogas dentro de um veículo Ônix Preto. A abordagem ocorreu no bairro do Buritizal, na zona sul de Macapá, após perseguição policial.
Conforme o delegado Sidney Leite, o suspeito estava sendo investigado há algumas semanas. Durante o monitoramento nesta sexta-feira, o motorista percebeu a presença dos agentes e tentou fugir em alta velocidade.
Avançou sinais vermelhos, entrou pela contramão na rua Hildemar Maia, até ser interceptado na avenida Anhanguera, no Buritizal.
“Ele chegou a atingir a velocidade de 120 km/h, colocando a vida de várias pessoas em risco, poderia ter causado um acidente muito grave”, ressaltou o delegado.
Conforme Sidney Leite, próximo ao banco de passageiros foram encontrados 1 kg de cocaína pura, conhecida como escama de peixe, juntamente com mais 1 kg de maconha. O carro usado no crime também foi apreendido.
“É isso que os traficantes estão se utilizando cada vez mais: cooptam pessoas que não têm passagem, portanto, que não são conhecidas da polícia. Esse perfil eles acham onde? Em motoristas de aplicativo, como é o caso desse rapaz que prendemos hoje”, explicou o delegado.
De acordo com a investigação, ele atendia às ordens de um detento do Iapen – que a polícia não quis identificar para a reportagem – que controla bocas de fumo no município de Santana, a 17 km de Macapá.
“Há alguns meses esse rapaz fazia essas atividades para o traficante preso. Se escondia atrás do trabalho de motorista de aplicativo para, na verdade, usar o carro para transportar e distribuir drogas, recolher dinheiro dos boqueiros, se desvencilhar de blitzen. Sempre que era parado em uma barreira policial, apresentava a documentação de motorista de aplicativo para não levantar suspeitas”, relatou o delegado.