Padaria oferece pão de graça para quem estiver sem dinheiro

Família de proprietários promove iniciativa para ajudar pessoas afetadas financeiramente com a crise do coronavírus
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Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA

A panificadora e confeitaria “Pão Nosso”, localizada no bairro Boné Azul, zona norte de Macapá, está oferecendo pães de graça para pessoas que por ventura estejam sem condições de pagar pelo produto.

A ação silenciosa e despretensiosa já tem quase dois meses de duração e foi uma iniciativa dos proprietários que tiveram a ideia, compadecidos com a difícil situação de algumas pessoas durante a pandemia da covid-19.

“Se hoje você não tiver dinheiro para comprar pão, pode retirar o seu aqui. Deus lhe proteja.”, diz o cartaz feito à mão, colado em uma mesa com algumas sacolas de pão em cima, bem na entrada do estabelecimento.

Em uma mesa, estão os pães para doação. Fotos: Marco Antônio P. Costa/SN

Padaria fica no bairro Boné Azul

Jivago da Silva Lima, de 31 anos, filho do proprietário é um dos que levou a ação à frente. Ele contou que viu ideia parecida pela internet, em alguma cidade do centro sul do país. Aquilo ficou na sua cabeça e também a vontade de ajudar pessoas de alguma maneira.

“Aí eu comentei aqui em casa e na verdade a gente também está atingido, a gente sente o baque. Mas daí pensei e vamos fazer isso, aí colocamos. Os próprios clientes às vezes vêm e deixam, por exemplo, dois reais de pães pagos para ajudar, e a assim todo mundo vai se ajudando de alguma forma”, contou Jivago.

Jivago da Silva Lima: clientes também fazem doações

A experiência vem dando certo, embora o jovem acredite que é muito pouco e que realmente não dá pra saber todas as necessidades que as pessoas estão passando. Portanto, ele considera apenas um iniciativa pequena que pode servir de exemplo para que outros façam igual.

Eduardo Monteiro: bom exemplo

O cliente da padaria, torcedor da Paysandu e morador do Boné Azul, Eduardo Monteiro, de 54 anos, aprovou a ideia.

“É uma boa ideia, uma boa medida de ajuda para as pessoas que estão passando dificuldades. Muitas pessoas ficaram sem emprego, então é bom para fazer uma ação, uma boa forma de ajudar”, falou Eduardo.

Jivago da Silva Lima contou ainda que, o que começou sob o olhar envergonhado e tímido por parte de algumas pessoas, agora ganhou mais naturalidade e também consciência.

“Não ocorre de quem tem condições de pagar pelos pães pega-los por malícia. Dessa forma, a comunidade vai se ajudando e crescendo em compaixão e solidariedade”, finalizou.

Seles Nafes
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