Por OLHO DE BOTO
Depois de uma fase de suportar até internação de pacientes em estado grave por causa da covid-19, a UBS Lélio Silva, principal porta de entrada do sistema público de saúde do Amapá, experimenta nos últimos dias uma queda na busca por atendimento em razão do novo coronavírus.
Os atendimentos, que já chegaram a 600 por dia, reduziram a 250. A informação é do diretor da unidade, Emanuel Martins, que explicou ao Portal Seles.Nafes.com as causas da redução no fluxo de atendimento.
Nos últimos dias não se vê mais aglomerações…
… aglomerações em frente à unidade. Fotos: Olho de Boto/SN
Até a manhã desta quinta-feira (11) nenhum paciente em estado grave estava em observação no pronto atendimento.
“Conseguimos regular e transferir todos os pacientes para leitos de UTI e clínicos do Estado. Isso porque o fluxo reduziu bastante. Acreditamos que devido ao lockdown, a população ficou em casa nesse período e por isso a procura por atendimento reduziu bastante”, analisou o diretor.
A Farmácia Van, estacionada na área externa da UBS também ajudou a reduzir a aglomeração de pessoas na unidade.
Farmácia Van também ajudou a reduzir a aglomeração de pessoas na unidade
“Estamos com 6 médicos atendendo na unidade, temos azitromicina, ivermectina, xaropes, dipirona, paracetamol, medicamento para a fase inflamatória da doença, como predinizolona, nós temos. Temos teste rápido também, que sai de 15 a 20 min”, informou Martins.
Sobre os testes rápidos, segundo o diretor, a média de resultados positivos dos exames tem ficado entre 30 e 40 confirmações por dia – números considerados baixos na pandemia.
Diretor da UBS, Emanuel Martins…
… diz que o sufoco passou, pelo menos por enquanto
Contudo, Martins alerta para o relaxamento do isolamento social por parte da população nos últimos dias, quando muitas pessoas foram vistas nas ruas passeando e até aglomeradas em balneários da zona rural de Macapá.
“O fluxo reduziu, mas a situação ainda não está controlada. É importante a população não relaxar, continuar com o uso das máscaras, fazer a higiene das mãos, com água e sabão, com álcool em gel, e manter o isolamento social, senão o aumento dos casos pode voltar. Vamos nos manter vigilantes”, avaliou o diretor.