Por RODRIGO ÍNDIO
As obras na Rua Claudomiro de Morais, importante via que liga cinco bairros de Macapá, começou a receber a nova pavimentação, ao mesmo tempo em que outros trechos ganham sistema de drenagem profunda, o que vai evitar alagamentos e destruição do asfalto com o passar dos anos. Nas obras, a prefeitura de Macapá está usando uma tecnologia nova em obras de mobilidade urbana na capital.
Na semana passada, as obras foram motivo de reclamações por parte dos moradores, mas a prefeitura de Macapá informou que estava seguindo um cronograma. A via começou a receber pavimentação com uma tecnologia alemã, que segundo o município oferece uma base resistente com reaproveitamento do antigo pavimento e a colocação de “geogrelhas”, que são flexíveis para reforço de solo, o que dará mais durabilidade.
A mudança no cenário animou dona Leoneide Rodrigues Maria, de 57 anos. Há uma década e meia, ela passa pelo trecho próximo ao terminal de ônibus do Bairro dos Congós e diz está esperançosa com a obra.
“Estava muito feio e destruído. Era só buraco e agora tá bem melhor. Muitas pessoas caminhavam e passeavam aqui, quando tudo ficar bonito será um atrativo pro nosso bairro. Obra é assim mesmo, a gente também precisa ter paciência se for pro nosso melhor”, opinou.
Obras de drenagem causaram desconforto provisório aos moradores. Fotos: Rodrigo Índio
Rua está recebendo CBUQ
Geogrelhas: tecnologia alemã substitui 12 cm de britas
…e cenário começa a mudar. Fotos: Rodrigo Índio
Já a comerciante Simone Ferreira Aguiar, diz que já sente a mudança mesmo que o serviço ainda esteja ocorrendo. No início da obra, em um dia comum, ela limpava mais de 10 vezes a poeira de seus produtos e relata que chegou a perder clientes.
“O transtorno com poeira é normal, tá melhorando a cada dia. Agora limpo umas 3 vezes. Como o asfalto já passou aqui na frente do meu comércio começou a mudar pra melhor. Essa obra vai valorizar nossos serviços e imóveis. Nosso bairro é bonito basta aguardar e valorizar”, observou.
O secretário adjunto de Governo e coordenador do plano de obras do município, David Covre, informou que a obra está na fase de conclusão da rede de drenagem e iniciando a capa asfáltica.
“Estamos utilizando a tecnologia de pavimentação CBUQ que é amplamente difundida pelo mundo inteiro, o que agregamos foi aplicação da geogrelha que é um material desenvolvido na Alemanha que tem como função o reforço do pavimento, ele equivale a 12 cm de brita graduada. Além de reforçar, ele tem a função de rebatimento de trincas evitando fissuras longitudinais ao longo do pavimento”, reforçou.
A tecnologia alemã onera a obra em algo entre 8% a 10%.
“Considerando, que aumenta a resistência do pavimento, já que esse é um eixo de transporte coletivo e que também tem função de rebatimento de trincas, a médio e longo prazo possui um custo benefício altíssimo”, acrescentou Covre.
Comerciante Simone Aguiar passou a limpar menos vezes a poeira
Dona Leoneide ficou mais animada
Rua corta cinco bairros
Como a meta de concluir toda a parte asfáltica do 1° eixo é até dezembro de 2020, o serviço no perímetro do Conjunto São José deve ocorrer no final de outubro ou início de novembro.
Os trabalhos são referentes ao 1º eixo, que contou com a articulação do presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM). Nesta primeira etapa, o valor é de R$ 40.885.273,00, mais contrapartida do município, de cerca de R$ 2.213.632,27.
Além da pavimentação, a obra contempla as vias com calçadas padronizadas, iluminação de LED e o canteiro central localizado na Rua Claudomiro de Moraes será transformado em um grande jardim, com a inclusão de ciclovias.