Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Na manhã da próxima terça-feira (28), a comissão organizadora do Círio de Nazaré irá se reunir com representantes da Prefeitura Municipal de Macapá para decidir como será o evento deste ano, com todas as mudanças e a nova realidade imposta pela pandemia mundial de covid-19.
A comissão está pensando e elaborando diversas propostas para serem avaliadas, como a possibilidade de Círio Fluvial, – como já ocorre em Belém (PA) -, e carreatas. O que está certo desde já para a comissão que irá representar a Igreja Católica na reunião, é que será impossível fazer as celebrações como as dos anos anteriores, especialmente a procissão, que em Macapá é um dos maiores eventos anuais, juntando algo em torno de 200 mil pessoas.
“Já está claro para nós o que não poderemos fazer: uma procissão com centenas de milhares de pessoas, mas ainda não sabemos o que poderemos fazer”, assim resumiu a situação o padre Rafael Donneschi, da comissão organizadora do Círio 2020.
O padre informou que estará na reunião junto com o bispo da Diocese de Macapá, Dom Pedro José Conti, e tem a expectativa de que a comissão científica e as autoridades sanitárias do município ajudem na definição do que poderá ser feito pela Diocese.
“Por exemplo, é possível que duas pessoas em uma motocicleta, possam seguir a imagem da Nossa Senhora em segurança, mantendo os cuidados. A mesma coisa com uma família em seu carro. Quem tiver um barquinho, por exemplo, pode também ter outras poucas pessoas no seu barco e, com segurança, fazem uma procissão fluvial, mas nada está definido, são propostas e ideias e teremos também que ouvir a prefeitura”, explicou o padre Rafael.
Em Macapá, festa reúne cerca de 200 mil fieis. Fotos: Rodrigo Índio/Arquivo SN
Padre Rafael Donneschi: formato ainda incerto
Belém
A época das festividades e celebrações do Círio de Nazaré, em outubro, é considerada o “Natal do paraense”, tamanha tradição e grandiosidade dos festejos.
Entretanto, assim como em Macapá, ainda não há definições de como será o Círio de 2020 em Belém, e a comissão organizadora do Círio em Macapá, acompanha atentamente quais alternativas serão efetuadas no Pará, onde a festa costuma reunir mais de 1 milhão de pessoas.