O prefeito de Macapá, Clécio Luís (Rede), disse temer que todo o sacrifício feito até agora seja perdido, caso aglomerações descuidadas em bares e restaurantes continuem ocorrendo, em alguns casos. A declaração foi durante encontro com representantes de vários segmentos, ontem (21).
O encontro reuniu diretores da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), do Sindicato da Hospedagem e Associação Industrial. O objetivo era avaliar a terceira etapa de flexibilização, que na semana passada permitiu a reabertura de bares, restaurantes e shoppings.
Clécio exibiu fotos mostrando desrespeito a normas, clientes sem máscaras e sem distanciamento social em alguns estabelecimentos.
“Passamos por duas fases com bons resultados, e agora, nessa terceira fase presenciei e recebi imagens de locais que realmente preocupam com cenas de aglomeração de pessoas, gente sem utilizar máscaras, descumprindo o distanciamento, o que pode gerar novamente a proliferação do vírus e aumentar o fluxo nas unidades de saúde, além de pôr em risco todo o sacrifício que fizemos até aqui”, comentou.
“Faço um apelo novamente à população: não entrem em locais que não cumprem os protocolos de segurança sanitária. Os cuidados ajudam a sua saúde. E aos empresários que cumpram as regras e nos ajudem a combater o coronavírus em nossa cidade”, acrescentou.
A Abrasel reconheceu que um retrocesso seria prejudicial.
“Não queremos o fechamento de nenhum empreendimento. Por isso, é vital cumprir as normas estabelecidas pela prefeitura”, reconheceu o presidente da Abrasel, Yukio Nagano.
O presidente da Abrasel, Yukio Nagano dialoga com prefeito: fechamento seria retrocesso. Fotos: Cleito Souza/PMM
O decreto de flexibilização tem duração de 15 dias, mas o prefeito já tinha avisado que ele poderá ser reeditado a qualquer momento se houver aumento da ocupação de leitos na rede hospitalar e centros de covid.
O secretário de Meio Ambiente, Márcio Pimentel, explicou que a prefeitura tem orientado os estabelecimentos sobre as regras sanitárias, e ressaltou que a maioria está cumprindo com o decreto.
“Um ou outro precisando ajustar algumas situações irregulares. A partir da semana que vem, iremos fazer uma fiscalização mais ostensiva e quem não estiver cumprindo as regras deverá ser multado ou ter o estabelecimento fechado”, adiantou.
A multa diária pode chegar a R$ 50 mil, e será dobrado em caso de reincidência, além de interdição do empreendimento.