Por SELES NAFES
O tenente da Polícia Militar do Amapá Dilermano do Carmo da Luz, de 50 anos, se apresentou esta semana para iniciar o cumprimento da pena de 12 anos de prisão pelo homicídio duplamente qualificado de um vigilante de 26 anos, após uma discussão, em 2017.
O oficial foi condenado no dia 15 de abril, e a defesa dele teve negado recurso no Tribunal de Justiça. No dia 11 de maio, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) também negou agravo, fazendo o processo transitar em julgado.
No dia 24 de junho, o juiz Marck William Madureira da Costa, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, emitiu um mandado de prisão para Dilermano da Luz.
Quatro dias depois, a direção do Centro de Custódia do Iapen, onde ficam presos os servidores públicos acusados ou condenados por crimes, informou à justiça que o oficial deu entrada para início do cumprimento da pena, em regime fechado.
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18 de fevereiro de 2017: Policial aponta pistola em direção ao vigilante que está correndo. Tiro foi certeiro na nuca
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Tenente Dilermano durante o julgamento: desculpas à família. Foto: Rodrigo Índio
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Fernando Silva morreu enquanto fugia. Foto: Reprodução/Facebook
Na manhã de 18 de fevereiro de 2017, o ex-instrutor de tiro da PM estava amanhecido, assim como o vigilante Fernando da Silva e Silva, de 26 anos. Os dois se desentenderam em um “mercantil 24h”, no bairro do Buritizal, e houve uma discussão.
De acordo com o processo, Fernando tentou fugir quando viu que o tenente estava armado, mas acabou sendo atingido com um tiro na nuca, morrendo na hora.
O policial chegou a ser preso preventivamente, mas depois ganhou o direito de aguardar ao julgamento em liberdade. Durante o juri, a defesa falou em acidente, e o oficial pediu desculpas à família do vigilante.
A PM ainda não informou se Dilermano da Luz continuará nos quadros da corporação.