Por SELES NAFES
O juiz Moisés Diniz, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou réu o policial civil Leandro Freitas, de 29 anos, preso pelo assassinato da empresária Ana Kátia Almeida, de 46 anos, no último dia 8. O magistrado considerou que há indícios materiais de autoria do crime.
A denúncia é de homicídio qualificado pelo feminicídio e meio cruel que impossibilitou a defesa da vítima. A defesa alegou que a denúncia não tem fundamentação, o que foi rechaçado pelo juiz.
“Há nos autos prova da materialidade e indícios de autoria delitiva, com a suficiente qualificação do denunciado. (…) Conforme exposto, perante a autoridade policial, LEANDRO negou a autoria dos fatos. No entanto, os demais depoimentos e provas encartadas afastam, nesse momento, quaisquer excludente de ilicitude e de culpabilidade, bem como não se verifica desclassificação ou causa extintiva da punibilidade. Digo isso, obviamente, numa análise perfunctória, sem prejuízo de uma reavaliação no decorrer da marcha processual. Portanto, a denúncia não está inepta”, avaliou o magistrado ao aceitar a denúncia e tornar o policial réu no processo.
Leandro Freitas continua preso preventivamente no Centro de Custódia do Iapen. Ele já teve dois pedidos de liberdade provisória negados pela justiça.
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Ana Kátia foi morta com tiro a curta distância
Em seu relatório, antes de tomar a decisão, o juiz pinçou partes da denúncia do MP que é baseada no inquérito policial.
A investigação diz que a empresária foi atingida por um tiro à curta distância quando ela estava na calçada da residência onde ocorria uma festa de aniversário, no Bairro Jardim Marco Zero, na zona sul de Macapá, o que teria revelado a intenção de matar.
A defesa alega que o tiro foi acidental.