Por SELES NAFES
O juiz Diego Araújo, da 1ª Vara Criminal de Macapá, condenou o cabeleireiro e a professora acusados de furtar veículos usando o famoso “Chapolim”, aparelho que bloqueia o sinal de travamento de portas de carros. Além de multas, cada um deles foi sentenciado a cumprir 2,9 anos de prisão em regime semiaberto. Ambos poderão recorrer em liberdade.
A denúncia do Ministério Público do Estado citou três furtos ocorridos entre 2016 e 2017. Em todos os casos, as vítimas tinham estacionado os veículos no centro comercial de Macapá e na orla do Bairro do Araxá, e quando retornaram perceberam que os carros foram abertos, sem arrombamento. Vários objetos foram levados, como smartphones e até uma pistola ponto 40.
No entanto, apenas o furto da pistola foi mantido no julgamento, por questões processuais. Outros casos serão julgados separadamente.
Benivan Araújo e Márcia Farias negaram participação nos furtos. O cabeleireiro disse que nenhum objeto furtado foi encontrado com ele pela polícia. Por outro lado, Márcia alegou que não sabia quem colocou os bens furtados dentro do porta-malas de seu carro.
O magistrado achou frágil a defesa dos réus.
“(…) Ainda, que foram apreendidos com os réus Benivan e Marcia, diversos aparelhos ‘chapolin’ utilizados para impedir o acionamento da trava automática dos veículos. A eficiência dos aparelhos foi confirmada pelo laudo pericial”, comentou o juiz.
“Há provas robustas de que os acusados agiam conjuntamente para a prática delitiva, tanto é assim, que após o trabalho de investigação da polícia foi possível chegar aos réus e realizar a apreensão de diversos aparelhos celulares e dispositivo bloqueador de trava de veículos, sendo que o produto dos furtos era dividido de acordo com o gênero, sendo feminino ficava com a ré Márcia, se fosse masculino, com o réu Benivan”.
Benivan responde a outros processos semelhantes pelo mesmo crime. Em julho passado, chegou a ser preso novamente. Ele também já tinha sido condenado em 2018.