Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Depois de um adiamento há duas semanas, a Feira da 13 foi entregue pela prefeitura de Macapá neste sábado (22). O local passa a abrigar 56 feirantes numa estrutura totalmente renovada e segura.
A Feira da 13 já é um espaço tradicional que foi se consolidando ao lado da Feira do Produtor, no Bairro Buritizal, principalmente pela grande quantidade de produtos, como peixe, verduras, farinha, frutas, camarão, carne de porco e uma infinidade de opções para o amapaense que é chegado em uma feira popular.
Uma das feirantes mais antigas do espaço é a popular “Madrinha”, de 63 anos.
“Com certeza agora podemos receber melhor os clientes, e hoje o movimento já está bom, porque graças a Deus eu já tenho a minha clientela. Eu convido a toda população: tá bonito, limpo, tem peixe, camarão, frutas e verduras, venha comprar na Feira da 13”, chamou Raimunda Soares, a Madrinha.
Apesar do forte calor, a estrutura demonstrou-se arejada. Dentro da feira, mesmo com muitos clientes, o clima estava ameno.
Enquanto ocorria a inauguração, e a feira já estava em pleno funcionamento, funcionários e máquinas da Prefeitura Municipal de Macapá estavam do outro lado da rua demolindo a antiga feira de madeira.
“Essa feira tem um caráter muito especial, assim como a Feira Maluca tinha um valor histórico. Essa aqui tem valor do ponto de vista urbanístico, porque era uma feira que estava exatamente no meio da rua, no meio de uma artéria super importante de Macapá que é a 13 de Setembro, por isso que ela é conhecida como a Feira da 13. São feirantes, empreendedores, que foram colocados no meio da rua e ficaram ali sem a menor condição sanitária”, lembrou o prefeito de Macapá, Clécio Luís (Rede).
Novas gerações
Na Feira da 13 o negócio também passa de pai para filho. Daniel Góes Fernandes, de 21 anos (foto de capa), trabalha com o pai há cerca de dois anos. Fizeram uma ressalva com o tamanho dos boxes e das bancadas, mas falaram que irão se encaixar melhor com o tempo.
“Aqui é muito melhor por ser mais organizado e também é bem mais limpo. Ia inaugurar há um tempo atrás, mas havia alguns problemas, vazamento, aí reunimos e resolveram. Outro problema era o sol, mas construíram outra estrutura e também tinha a questão da pia, que não é resistente e quem trabalha com peixe, ela não ia aguentar. Alguns optaram por ficar, que foi o nosso caso, compramos essa mesa. Lá nossa banca era maior, mas com o tempo a gente se adapta”, declarou o jovem feirante Daniel.
A obra foi construída através de uma soma de esforços da PMM, do Governo do Estado do Amapá (GEA) e do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP). No local, já havia funcionado uma delegacia e estava sem uso há anos. Após pedido do senador, o governo do Estado doou a área para a prefeitura.
“Eu fui ao governador Waldez e disse pra ele do nosso interesse de fazermos e assumirmos essa área que estava abandonada, para dar uma utilidade pra ela, para atender os nossos empreendedores, nossos feirantes, e o governador entendeu o espírito da obra e fez uma doação, dessa propriedade, dessa área para a PMM. Então é uma união de esforços”, declarou Davi.
Além dos 56 boxes, a feira tem sala de administração, banheiros com acessibilidade e é o primeiro equipamento da PMM a funcionar totalmente com energia solar.