Por RODRIGO ÍNDIO
Há cerca de 7 anos com uma demanda extensa de cirurgia de catarata, o Estado do Amapá assinou nesta sexta-feira (7), um convênio para retomar o procedimento na rede estadual de saúde. A demanda atual no estado é de 7 mil pacientes que aguardam para não perder a visão.
O acordo foi assinado pelo governador Waldez Góes (PDT) durante solenidade no Palácio do Setentrião, sede central do poder executivo amapaense, com o Centro de Promoção Humana Frei Daniel de Samarate – Frades Menores Capuchinhos, que vai realizar as cirurgias de catarata [visão nublada] e pterígio [carne crescida].
O repasse para a instituição será de R$ 6,4 milhões, recurso de emenda parlamentar do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM).
“Desde o ano passado estamos tratando para sanar essa demanda reprimida de sete, oito anos. A gente tem a possibilidade de consultar até 17 mil pessoas com esse recurso e operar 7 mil amapaenses. É dar direito a visão e a uma nova vida”, comentou Davi.
Waldez lembrou que é mais um recurso para ajudar a reduzir problemas na área da saúde.
“Nós estamos trabalhando religiosamente os projetos com o presidente Davi no setor da saúde, e a cirurgia de catarata e pterígio são prioridades tratadas ainda no ano passado por nós. Isso vai zerar a demanda reprimida e a partir de 2021 a gente ter uma agenda mais atualizada mensalmente das demandas que surgirão”, disse Góes.
Carlos Pestana, representante dos Capuchinhos disse que os procedimentos serão feitos em parceria com uma outra instituição. Ele ponderou quando iniciam os atendimentos.
“Vamos adaptar consultórios em duas salas de cirurgia. A priori teremos a triagem e acolhimento, inclusive com testagem da covid-19. Realizaremos consultas, a partir das consultas partirá para a cirurgia ou não. Iniciaremos os procedimentos antes do fim de agosto”, detalhou o Frei.
Procedimentos
O secretário estadual de saúde, Juan Mendes, destacou que os procedimentos não estavam parados, mas que essa ajuda serve para “alavancar” os atendimentos.
“Nossa demanda reprimida era muito maior que nossa operacionalização, então, a gente consegue fazer dez, doze cirurgias por semana, mas perto do universo de demandas que nós tínhamos isso era muito pouco. A gente tem uma prospecção de que se uma pessoa hoje entrasse na fila da catarata ela só ia ser operada daqui a três anos. Agora nossa população terá esse serviço com eficiência e sem demora”, detalhou o secretário de saúde.