O arquipélago do Bailique, conjunto de oito ilhas situado a 180 km de Macapá, será a primeira comunidade do Brasil a ser beneficiada com o “Mais Luz para a Amazônia”, do governo federal. O ato que colocou o arquipélago dentro do programa foi assinado nesta quarta-feira (5) pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Foi durante evento no Ministério das Minas e Energia, conduzido pelo ministro Bento Albuquerque, que também assinou o documento que garante R$ 100 milhões para geração de energia limpa e renovável no Bailique. As obras serão executadas pela Eletronorte.
O Mais Luz para a Amazônia prevê a instalação de painéis solares e baterias em regiões isoladas como o Bailique, que são atendidas por geração térmica. O programa, lançado em fevereiro, vai investir R$ 2,5 bilhões para universalizar o acesso à energia na Amazônia, alcançando 300 mil pessoas que moram em locais sem fornecimento.
“A assinatura de autorização para que o Estado que eu represento, com muito orgulho, seja o projeto-piloto desta proposta, é um sinal de respeito e reconhecimento da importância que isso representa para mais de 12 mil habitantes que vivem com um único acesso, via fluvial, e em total isolamento, estando a 180 km da capital, com o mínimo possível de condições para sobrevivência”, disse o presidente do Senado.
“Sei que esse modelo de energia, renovável e limpa, é aguardado há muitos anos por nós, amapaenses, amazônidas e tantos trabalhadores humildes que, até hoje, nunca tiveram condições de acesso à boa energia no coração da Amazônia. É uma resposta geracional na vida desses brasileiros que estavam esquecidos e agora foram lembrados. ”, acrescentou.
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Arquipélago do Bailique tem 12 mil habitantes. Foto: Arquivo SN
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Davi assina ato que inclui o Baiique no programa Mais Luz para a Amazônia. Fotos: Divulgação
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Coletiva após ato no Ministério das Minas e Energia
A prioridade será para famílias inscritas em programas sociais que vivem em assentamentos rurais, comunidades indígenas, ribeirinhas, quilombolas, e em reservas extrativistas impactadas por empreendimentos de geração ou transmissão de energia.
“O Brasil é grande e realmente tem muitos desafios pela frente, mas que esse trabalho vai ajudar também a integrar a nossa região amazônica”, avaliou o presidente Jair Bolsonaro.