Por OLHO DE BOTO
Um fato novo sobre o assassinato do representante de vendas de distribuidora, Jhonne da Costa Vila Nova, 37 anos, morto a tiros, fez a polícia tratar o caso como latrocínio – roubo seguido de homicídio.
O crime ocorreu no último dia 6, durante um assalto a uma mercearia próxima ao Conjunto Jardim Açucena, no Bairro Novo Buritizal, zona sul de Macapá. Vila nova foi morto com vários tiros ao reagir e tentar tomar a arma de Lucas Sinatra Martins dos Santos, que está sendo procurado. O crime foi filmado por câmeras de segurança do estabelecimento.
O caso é investigado pela Delegacia de Crimes Contra do Patrimônio (DCCP). Segundo o delegado Ronaldo Coelho, inicialmente, as imagens disponíveis davam a entender que o bandido não teria levado nada do estabelecimento.
Contudo, analisando melhor as provas e depoimentos de testemunhas, a Polícia Civil descobriu que a vítima havia recebido seu salário da distribuidora onde trabalhava no dia anterior ao crime. Vila Nova estaria com pelo menos R$ 1 mil na carteira, que teria sido pego pelo bandido – daí a motivação para ele ter reagido.
“Isso significa que ele [o bandido] se capitalizou e com o dinheiro tem mais recursos para se movimentar e se esconder. Mas estamos checando todas as informações e denúncias, estamos fazendo diligência. Vamos encontrá-lo, é questão de tempo e não vai demorar”, assegurou o delegado.
A Justiça já decretou a prisão de Lucas Sinatra. Segundo Ronaldo Coelho, ele já tem uma condenação de 16 anos por roubo e responde a outros processos por homicídio. Sinatra só estaria solto na ocasião do crime porque teria sido beneficiado com uma decisão da própria Justiça para liberar alguns presos em função do risco de contaminação pelo coronavírus dentro da penitenciária do Amapá.
“A realidade é que pra ele tanto faz um homicídio a mais ou a menos, ele não se importa com a vida humana. Infelizmente, veio a pandemia e ele acabou sendo beneficiado com a progressão de regime e foi solto. Uma vez livre, matou mais um inocente, como mostram as imagens”, analisou o delegado.
Vila Nova deixou esposa e quatro filhos.