Por SELES NAFES
O principal cacique do PSB no Amapá, o ex-senador João Capiberibe, tem liderado as pesquisas de consumo interno, mas sabe que precisa tirar o PSB do isolamento político se quiser entrar na disputa com mais força financeira e tempo de televisão. Para isso, ele tenta costurar uma ampla aliança que inclui a Rede e o MDB, de onde ele espera que saia o nome para a vaga de vice na chapa encabeçada por ele.
Em entrevista ao programa O Debate, transmitido pelo Facebook e apresentado pelos jornalistas Jeferson Fassi e Silvio Sousa, Capi descartou duas possibilidades: a reedição de uma parceria histórica com o PT, e ter como vice Gilvam Borges, antigo desafeto de quem se reaproximou na eleição de 2018 depois de quase duas décadas de rivalidade.
“Ele está inelegível. Não chegaria a esse nível a parceria. Mas é com a Rede e o MDB que as conversas estão bem adiantadas”, explicou o ex-senador e ex-governador do Amapá.
Com o PT, o principal entrave é a decisão de ter candidatura própria à prefeitura de Macapá. A legenda lançou Marcos Roberto Marques, e o próprio tem dito que o partido não abrirá mão de encabeçar a chapa.
“O perfil (da vaga de vice) para mim seria uma mulher, de preferência uma mulher jovem. Eu sempre investi muito na formação de novos quadros políticos”, justificou.
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Capi no O Debate: conversa adiantada com a Rede e MDB
Bancada
Questionado sobre como viabilizar financeiramente a prefeitura numa eventual gestão, Capi disse que pretende apostar numa relação com deputados federais e senadores.
“Em qualquer prefeitura, quase 100% dos recursos é de emendas federais e de bancada. A gente tem que se dar muito bem com a nossa bancada federal”.