Por OLHO DE BOTO
Um tripulante de um navio de passageiros que faz linha Belém/Macapá foi preso por posse ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas depois de ser flagrado com 12 kg de crack e uma pistola, de calibre ponto 40 e numeração raspada, na tarde desta terça-feira (4), no município de Santana, a 17 km de Macapá.
O carregamento da droga já estava sendo monitorado pelos investigadores da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) da Polícia Civil do Amapá. A ação policial foi coordenada pelos delegados Sidney Leite e Wladson Nascimento, ambos da DTE.
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Jovem tripulante disse que receberia R$ 200 para entregar a droga. Fotos: Olho de Boto/SN
Segundo a polícia, a embarcação havia acabado de atracar no Porto do Grego quando o integrante da tripulação recebeu voz de prisão. Leite relatou que a droga foi encontrada na mochila do investigado, dentro de seu camarote. Já a arma de fogo estava em uma bolsa de roupas, também pertencente a ele.
O tripulante tem 31 anos e não teve o nome divulgado pela polícia. De acordo com o delegado Leite, o homem assumiu a autoria dos crimes e disse que ganharia a importância de R$ 200 pelo transporte do entorpecente, que seria entregue a um desconhecido na chegada ao porto.
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Os 12 kg estavam no camarote do acusado dentro do navio
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A pistola, de calibre ponto 40, tinha a numeração raspada
Em relação a pistola, o rapaz preso informou que adquiriu para sua própria segurança, mas não revelou onde teria comprado, conforme a polícia. A arma não tinha munições. O funcionário do navio informou que foi a primeira viagem transportando drogas.
“Está ocorrendo um fluxo muito grande do Pará em direção ao Amapá. Já apreendemos drogas enviadas de Santarém, e agora esta, que foi embarcada em Belém. Geralmente o transportador é um passageiro, mas desta vez foi um funcionário do navio. Ele explicou que precisava de dinheiro para ajudar sua família, mas o que a polícia sabe é que essas drogas destroem outras famílias, e a nossa função é tirar essas drogas da rua e entregar para a justiça os responsáveis”, avaliou o delegado Sidney.
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A ação policial foi coordenada pelos delegados Sidney Leite e Wladson Nascimento, ambos da DTE
O delegado Wladson ressaltou que os dois crimes são inafiançáveis, e que agora a liberdade do tripulante está nas mãos da Justiça, que deve decidir se ele responde preso ou em liberdade durante audiência de custódia.