Por OLHO DE BOTO
A Polícia Civil interceptou uma carga de celulares que seriam enviados para detentos do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) e descobriu a existência de um esquema que paga altos valores para fazer os equipamentos e acessórios chegarem até os presos.
A apreensão foi feita durante investigação da equipe da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), na noite desta segunda-feira (21). Uma mulher, esposa de um condenado que cumpre peno por roubo no pavilhão F-2, foi presa com 9 celulares e 17 carregadores. A polícia não divulgou o nome dela.
Segundo a polícia, em depoimento na sede da DTE onde, ela disse que atende às solicitações do marido, que cumpre pena há 7 anos, e que já fez isso outras vezes. O nome do detento também não foi divulgado para não atrapalhar as investigações.
Conforme o depoimento, ela passava de dois a três dias recebendo os aparelhos, guardava-os em casa e depois entregava a um homem que levava à outra pessoa – essa última responsável por entrar com os telefones eles dentro do Iapen.
Ela não revelou as identidades de quem entra com os aparelhos na cadeia, mas informou que o valor cobrado para cada carregador que entra é de R$ 200 e cada celular custa R$ 2 mil só para ser colocado dentro do estabelecimento penitenciário. As entregas também não são feitas em dia de visita.
A DTE instaurou inquérito para continuar as investigações.