Por SELES NAFES
Os peritos que examinaram o corpo do oficial de justiça Ted Beanio Costa Ramos, de 51 anos, identificaram 12 facadas no corpo da vítima. A informação foi confirmada na tarde desta segunda-feira (21), pelo delegado Rômulo Viegas, da Polícia Civil em Laranjal do Jari, município a 265 km de Macapá.
O jogador de futebol Joadson Lima Melo, de 19 anos, foi preso apenas uma hora depois do crime, depois que investigadores da Polícia Civil descobriram que ele foi atendido no hospital da cidade com um corte em um dos braços, momentos depois do crime. Ele já havia se tornado suspeito graças a informações de amigos do oficial morto.
O assassino estava em casa, no Bairro Nova Esperança, e confessou o crime assim que os policiais chegaram na residência onde ele mora com a mãe. O delegado perguntou se ele sabia porque estavam ali, e ele respondeu que era pelo assassinato do oficial.
“A cena do crime falou bastante. O local ficou bastante ensanguentado, e deu para ver cada passo do algoz do oficial de justiça, mostrando que ele (assassino) tentou mexer em todas as coisas para encontrar objetos de valor. Ele comentou que ainda ficou 20 minutos dentro da casa, então estamos diante de uma pessoa fria”, disse o delegado Rômulo Viegas.
“Informou que não gostava do oficial, e que sua companhia era apenas por motivo financeiro. (…) Disse que queria dinheiro para comprar chuteiras e outras coisas”, acrescentou o delegado, ainda relatando o depoimento do criminoso.
Ainda no depoimento, Joadson disse que aquele era seu terceiro encontro com o oficial, e que desceu para a cozinha para pegar uma faca. Em seguida, guardou a arma debaixo do travesseiro, e só quando a vítima teria tentado manter uma relação sexual ele teria decidido cometer o crime.
“Ele desferiu um golpe no pescoço, jogou a vítima para o lado, pisou em uma de suas mãos e cravou a faca no peito dele. Disse que queria matar por se tratar de um oficial, e que por isso poderia a sofrer represálias”.
Joadson foi indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, além de furto e dano qualificado. Ele chegou a furtar uma bolsa com dinheiro da vítima, mas depois não conseguiu levar por causa do ferimento que tinha no braço causado por ele mesmo durante as agressões.
Ele ainda vai passar por uma audiência de custódia.