Por SELES NAFES
A Petrobrás fechou acordo com a Total para assumir a participação da empresa francesa nos cinco blocos de águas profundas localizados na costa do Amapá. A informação foi confirmada na noite desta terça-feira (29) pelo senador Lucas Barreto (PSD-AP), que vem acompanhando o processo nos bastidores.
“Será a nossa redenção. Vai dar dinheiro para os municípios e para o Estado, e ainda e 1% do faturamento bruto vai para a ciência e tecnologia. Isso sem falar na grande cadeia econômica que será gerada. A próxima luta é para ter a base de operações no Amapá”, avaliou o senador, que discutiu o assunto com o ministro da economia, Paulo Guedes.
A operação, que ocorre há 120 km da costa, é definida como “fronteira exploratória de alto potencial na margem equatorial brasileira”. Trocando em miúdos, perfuração para pesquisa de viabilidade comercial.
A Petrobrás já integrava o consórcio que, em 2016, comprou em leilão os direitos de pesquisar e explorar petróleo próximo ao município de Oiapoque. A Total tinha 40% de participação, mas, no início do mês, anunciou a desistência do negócio após reiteradas negativas de autorização ambiental do Ibama.
Além da Petrobrás, que tem 30% das operações, o grupo tem a BP Energy do Brasil também com 30%. Com o negócio, a estatal brasileira passa a ter a maior parte da operação.
“Com este acordo e conforme previsto nas regras do consórcio, a companhia poderá aumentar a sua participação de 30% para pelo menos 50% podendo chegar a 70%, caso a BP não manifeste interesse em incrementar a sua participação”, informou a Petrobrás em seu site.
O acordo ainda precisa se aprovação de órgãos reguladores, mas já é considerado pelo senador Lucas Barreto uma grande notícia.