Por RODRIGO IÍNDIO
Depois de um período de tranquilidade, as unidades de saúde de Macapá voltaram a sentir crescimento na quantidade de pacientes suspeitos ou confirmados com a covid-19. A imprensa foi convocada para uma entrevista coletiva no fim da tarde desta terça-feira (20) para tratar sobre o assunto.
Entretanto, uma fonte da gestão municipal adiantou que o número de atendimentos e de casos positivos aumentou de ontem para hoje, mas o de óbitos não.
Segundo a nota de convocação da imprensa “os esclarecimentos serão feitos pela equipe técnica da Vigilância em Saúde e os gestores do município. A coletiva será transmitida ao vivo pelas redes sociais da prefeitura para orientar a população”.
Por enquanto, as autoridades municipais evitam o termo “segunda onda”, com intuito de não alarmar a população.
Após publicações de diversos internautas, a reportagem do Portal SelesNafes.com percorreu as UBSs de referência à covid-19 de Macapá e constatou o claro aumento da procura e número de atendimentos.
Na UBS Lélio Silva, no Bairro Buritizal, um jovem de 25 anos, que estava esperando por atendimento, informou que seis pessoas da família apresentaram os sintomas. O rapaz, que preferiu não se identificar, estava acompanhado da mãe para ter certeza se estão infectados e qual protocolo devem seguir.
“Na minha família os sintomas apareceram há uns 7 dias. Tenho muito cansaço, dores e não sinto o gosto e o cheiro de nada. Minha mãe é a quem mais me preocupa. Tivemos contato com pessoas da família que estão em campanha política, antes ninguém havia pego”, contou o universitário.
Centro no Santa Inês voltou a ter movimento alto
No Centro Covid do Bairro Santa Inês, a procura também cresceu. O senso comum é que a flexibilização na quarentena e a redução no número de UBSs exclusivas da covid tenham influenciado no crescimento da busca por atendimento.
Após contato da reportagem para esclarecimentos acerca do assunto, a prefeitura agendou uma coletiva de imprensa para falar sobre o problema. Em todo o Estado, são 50,2 mil casos, 41 mil recuperados e 734 mortes.