Clécio defende igrejas, academias e comércio: “estão colaborando”

No entanto, ficou claro que bares e casas noturnas são focos de aglomerações e contágio da covid-19
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Por SELES NAFES

Numa live no Facebook, na manhã desta quarta-feira (28), o prefeito de Macapá, Clécio Luís (sem partido), elogiou o comportamento de igrejas, academias, lojas e restaurantes quanto às regras sanitárias de prevenção à covid-19. Por enquanto, elas estão escapando das novas medidas restritivas. 

Para o prefeito, assim como as academias, as igrejas estão respeitando os decretos e colaboram com a saúde mental da população. Restaurantes e lojas do comércio, na avaliação dele, também não são focos de proliferação do novo coronavírus.  

Ontem (27), ele e o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), assinaram decretos suspendendo por sete dias o funcionamento de balneários, bares, casas noturnas e casas de eventos, além das atividades externas de campanhas eleitorais como caminhadas, bandeiradas e comícios.

Ele reconheceu que os decretos podem causar questionamentos de partidos, porque algumas correntes defendem que a legislação eleitoral é soberana sobre as outras leis em épocas de campanhas políticas.

“É uma tese, mas fundamentamos o nosso decreto nas questões sanitárias, de saúde pública e notificamos a Promotoria Eleitoral e a Justiça Eleitoral para que eles estivessem a par. Temos consciência de que poderá haver questionamentos. Quem se sentir prejudicado poderá recorrer”, avisou.

Prefeito cercado de conselheiros da área da saúde: não é discriminação com nenhum segmento

Cercado de especialistas que orientam as medidas da prefeitura, Clécio disse na live que poderá aumentar as restrições caso o período de sete dias não freie a escalada de casos.

“A intenção não é parar nenhum segmento. Não há discriminação, mas estamos focando nas atividades que de fato estavam gerando muitas reclamações e denúncias, aglomerações e maior nível de contágio. São as atividades noturnas. Muitos estabelecimentos descumpriram totalmente os protocolos.

O médico Anderson Walter, que integra a equipe da prefeitura, lembrou que 20% das pessoas contaminadas são internadas, e que de 2% a 5% poderão ir à óbito.

“As pessoas não lembram disso. Ninguém sabe quem vai piorar. Pode ser alguém da nossa família”, ponderou.

Os decretos foram baixados depois que a curva de contaminação chegou a parâmetros parecidos com os de maio, e a ocupação dos leitos se assemelhou ao nível registrado em julho e agosto.

Fiscais em casas noturnas: 27 notificados entre 60 fiscalizados

Fiscal não é babá

Sobre os cinemas, que voltaram a funcionar na semana passada depois de sete meses, o prefeito ressaltou que não existe intenção de fechá-los, mas eles serão monitorados intensamente pela fiscalização.

“Por enquanto estão respeitando. Se vender acima do tolerado, que é metade da ocupação, vamos fechar. Vamos preservar aquelas atividades que estão cumprindo e não são o foco da contaminação, mas fiscal não é babá. Precisamos fazer a nossa parte e denunciar quem não está fazendo”.

Clécio pediu aos coordenadores da Companhia de Trânsito e Transportes de Macapá (CTMac), que também participaram da live, que intensifiquem a fiscalização nos coletivos, já que há muitas denúncias de ônibus lotados. 

 

 

Seles Nafes
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