Por SELES NAFES
O blecaute que atinge agora parcialmente o Amapá descortinou a incrível fragilidade do sistema de transmissão de energia na crise que já entrou para a história do Estado. O transformador TR2, segundo revelou o próprio Ministério das Minas e Energia, está inoperante desde dezembro de 2019 .
A empresa responsável pela subestação é a espanhola Isolux, contratada pela Eletronorte, subsidiária do sistema Eletrobrás.
Dos três transformadores responsáveis pelo rebaixamento da energia do Linhão de Tucuruí, um foi destruído e outro parcialmente danificado depois que um raio atingiu o complexo, que fica na BR-210, na zona norte de Macapá, na noite da última terça (3).
A inexistência do “sistema de estepe” na subestação da Eletronorte deveria ter sido constatada pela fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
“Houve extrema negligência e omissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que deveria ter fiscalizado isso”, avaliou o senador Randolfe Rodrigues, que ingressou com duas ações judiciais.