Por OLHO DE BOTO
Um policial ferido e um bandido morto. Esse foi o resultado de um confronto entre o Bope e o líder de uma facção que comandava o tráfico de drogas no Distrito da Fazendinha, na zona sul de Macapá.
O criminoso foi identificado como Adriano Oziel Siqueira Castro, de 38 anos. Ele ainda foi levado em uma ambulância do Corpo de Bombeiros até o Hospital de Emergência, mas morreu minutos depois de ter dado entrada. O PM foi atingido no braço, passou por procedimentos médicos e está fora de perigo.
A troca de tiros aconteceu na noite desta segunda-feira (9), no Bairro Vale verde, na Fazendinha. De acordo com a PM, Calcinha, como era conhecido o atirador, era dono de uma extensa ficha criminal com mais de 50 processos, entre eles tráfico de drogas, tortura e homicídios.
Uma das vítimas fatais na ficha criminal dele foi uma criança que estava na linha de fogo durante acerto entre facções rivais, em 2010, num crime de grande repercussão na capital do Amapá.
Segundo denúncia repassada por populares à polícia, havia um grupo reunido, bebendo e exibindo arma de fogo na frente de um comércio localizado na Avenida 9 de Novembro.
O Bope foi averiguar a veracidade da informação e ao se deparar com os suspeitos ordenou que todos deitassem ao chão. De acordo com os policiais, Calcinha estava acompanhado de seguranças armados.
Foi quando o criminoso correu, sacou uma arma e começou a disparar em direção aos policias. Ele ainda correu por alguns metros até dobrar a esquina, na Rua 01, onde foi atingido.
Cessado o tiroteio, os militares priorizam o socorro ao homem ferido. Nisso, os demais integrantes do grupo aproveitaram a escuridão para fugir.
A arma de fogo utilizada por Calcinha no confronto, um revólver calibre 38 com 6 munições, sendo duas deflagradas, foi apresentada ao delegado plantonista do Ciosp do Pacoval.
Segundo o Bope, durante o “reinado” de Calcinha, moradores chegaram a ser expulsos de suas residências, que acabaram sendo transformadas em pontos de venda de drogas.
“Os moradores dessa área e o policiamento conheciam há mais de 10 anos esse criminoso. O trabalho da Polícia Militar foi bastante eficiente pois nossos policiais estão vivos. Os moradores que conheciam a violência desse criminoso sabem da violência que ele trazia para a comunidade”, explicou o capitão Hércules Lucena, comandante da Rotam.